Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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23 de julho de 2015

Jogando: Dead Island Riptide

Dead Island Riptide 07

Quando adquiri minha AMD R7 240 no ano passado, finalmente aposentando a cansada GeForce 9400GT, uma das primeiras coisas que pensei foi: "agora deve rodar Dead Island Riptide". Mas eu ainda estava comprometido com a lista de jogos estabelecida. E me neguei o privilégio de retornar ao pesadelo zumbi da Techland por mais tempo que deveria. Aproveitando o embalo do fim dos MMOs, finalmente instalei a continuação.

E descobri um novo vício.

O mesmo jogo que deu uma surra no meu PC em 2013, agora roda macio com tudo no máximo e uma experiência visual inacreditavelmente bela. Palanai, a nova ilha infestada de mortos-vivos é tão bonita que em muitos momentos eu ignoro minha própria segurança e fico parado olhando a paisagem e tirando fotos. Um paraíso tropical exuberante onde até o Sol parece brilhar mais radiante, para forçar o contraste com a situação de pesadelo que se instalou.

O que posso dizer de Riptide é que quem curtiu o primeiro Dead Island vai continuar adorando o segundo. São ridículas as reclamações de que Riptide não passa de uma expansão vendida a preço de jogo inteiro, uma vez que já passei das 20 horas de jogatina e estou com 65% de conclusão e uma vez que o preço sempre foi inferior ao do primeiro no lançamento. O motor gráfico sofreu uma ligeira melhoria (ou minha placa, não dá para saber), o título ganhou um personagem jogável novo e vários zumbis diferentes, além de algumas locações e mecânicas diferentes.

Dead Island Riptide 14

Por outro lado, se você não gostou de Dead Island, não há nenhum motivo para mudar de ideia aqui. A história continua não fazendo muito sentido, há saltos inexplicáveis na trama, dramas secundários são levantados para logo em seguida serem completamente esquecidos. Os combates são repetitivos e, se você já enjoou de mutilar, cortar, esmagar, perfurar e incendiar zumbis, vai continuar enfastiado.

A Techland criou nesta sequência um mini-jogo de estratégia bastante simplista onde você cria defesas e protege sua base enquanto legiões de mortos avançam sobre você e seus aliados. As opções de planejamento são limitadas e, no final das contas, o que conta é mesmo sua capacidade de distribuir pancadas através do cenário. Foi divertido na primeira e na segunda vez, na terceira já estava cansando um pouco e tenho a impressão de que a Techland ainda vai repetir o truque algumas vezes.

Dead Island Riptide 24

Eu tento entrar na atmosfera do desastre. Ao contrário do jogo anterior, em Riptide você se importa e arrasta consigo o primeiro grupo de sobreviventes que encontra. É fundamental avançar na história porque os militares vão jogar uma bomba nuclear na ilha e você é lembrado disso constantemente. Lamentavelmente, os roteiristas da Techland não tomaram jeito de todo e sua empatia começa e acaba com este primeiro grupo de sobreviventes. Outros grupos são largados à sua própria sorte enquanto você vai embora sem nem dizer um "tchau". Você chega a realizar missões para estes outros sobreviventes. Você pega medicamentos para eles, recupera itens perdidos, traz cocaína(!). Mas avisar que uma bomba nuclear está vindo, isso você não faz.

"Apesar de" vem sendo meu lema para a série. Dead Island é aquele primo perdido, o que em inglês chama-se "guilty pleasure", ou "prazer culpado". Tem defeitos, vários na verdade. Mas quando estou sozinho explorando esse lugar paradisíaco, com um machado na mão, ouvindo o barulho dos mortos-vivos próximos e imaginando que horrores ainda me aguardam, é uma jornada e tanto.

Dead Island Riptide 28

P.S.: Atendendo a pedidos, finalmente criei um canal no Twitch. Até o momento, tem três vídeos gravados. O primeiro é misto, mas os outros são puro Dead Island Riptide.

Ouvindo: Friday the 13th part 6 - Jason Unearthed

3 comentários:

Luiz Antonio disse...

Uma grande vantagem da mídia física é que, quando vc compra um jogo em CD ou DVD ele é sua propriedade no sentido mais amplo da palavra. Vc pode jogá-lo e depois emprestá-lo, troca-lo, vendê-lo e/ou até mesmo doá-lo. Embora a Microsoft já tenha tentado cravar suas garras nesse direito e arrancá-lo de nós, fomos salvos pelos japonesinhos da Sony na histórica apresentação do Playstation 4 na E3 de 2013.

Bom... Dito isso... Eu tenho uma cópia física de Dead Island Riptide para o 360 que troquei pelo Battlefield 3 a mais um ano atrás e não joguei até hoje justamente por causa da enorme quantidade de críticas negativas e por estar jogando e/ou mais interessado em outros jogos. Arrisco dizer que essa é a 1ª vez que leio algo positivo sobre o jogo.

Eu joguei o 1º e achei legalzinho, nada acima da média. O uso quase predominante de melee weapons no início não me agradou muito. Pra piorar tive uma experiência nada agradável durante o coop online: Consegui a proeza de explodir uma granada dentro de uma van onde estavam mais 3 jogadores :( Claro que fui devidamente kickado da partida. Dali para frente decidi terminar o jogo somente em single player mesmo.

Acho que depois desse artigo vou tirar o jogo da estante (outra vantagem da mídia física: vc pode usar de enfeite na estante mesmo quando o jogo não é tão bom assim) e dar uma chance para ele.

C. Aquino disse...

"Consegui a proeza de explodir uma granada dentro de uma van onde estavam mais 3 jogadores". Desculpe, mas eu ri! :)

Luiz Antonio disse...

Bá Aquino eu lembro que quase morri de vergonha quando aconteceu. Mesmo não fazendo nem ideia de quem eram os outros players. Foi um acidente lamentável, provavelmente movido pela empolgação do momento pois já estávamos há um tempo evoluindo no jogo e eu estava super empolgado por estar fazendo parte de um time de bons jogadores (os cara jogavam bem) e tal e daí alguém pegou o veículo para ir para outra parte do mapa... Todo mundo entrou no veículo e... Eu até hj não sei como que eu consegui essa proeza, eu lembro que eu fui selecionar a arma e, de repente, aquela granada apareceu... do nada... Lembro que um dos jogadores ainda conseguiu abrir a porta tentando fugir mas... Era tarde demais... KABUM... E lá se foi o meu time... :( Ainda bem que eu não tinha headset para ouvir os xingamentos (sabe-se lá em que idioma).

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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