Retina Desgastada
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30 de setembro de 2014

(não) Jogando: Tiny Brains

Tiny Brains é a cria alterada geneticamente de Lost Vikings com Toki Tori, criada no laboratório de um cientista insano. De um, ele herda os personagens mezzo estranhos, mezzo fofos. Do outro, ele herda a dinâmica de trocar de personagem para combinar habilidades. De ambos, ele herda a dificuldade insana e a vontade de quebrar o teclado.

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Não me entendam mal. Eu gosto de jogos que desafiam meus reflexos, ainda que eles não estejam melhorando com o passar das décadas. Eu gosto de jogos que me fazem pensar em uma solução dentro das possibilidades deixadas.

Eu não sou grande fã é de combinar os dois hemisférios cerebrais para produzir resultados, o que talvez explique minha inabilidade no futebol. Tomar decisões complexas em frações de segundo é o que este jogo pede e pede com frequência irritante.

Em Tiny Brains temos o clássico cenário de criaturas-estranhas-com-habilidades-diferentes-fogem-de-laboratório. Já vimos algo assim em Three Dead Zed e, de certa forma, em Portal e Portal 2. Neste caso, são quatro animaizinhos que os cientistas alteraram para conceder super-poderes e que precisam passar por testes e, inevitavelmente, fugir dos testes e escapar da servidão.

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São poderes exóticos que precisam ser alternados, combinados e, muitas vezes, na velocidade de um relâmpago enquanto você tenta, por exemplo, defender um quinto animal indefeso com uma barra de vida minúscula. Descrito assim, Tiny Brains é hilário. E, de fato, meu filho e eu rimos várias vezes, seja do humor visual, seja dos personagens ou da interação dos poderes com o cenário.

Mas, muitas mais vezes, xingamos, choramos e gritamos para a tela.

Você precisa controlar a direção dos personagens com o teclado, a direção para onde o poder é ativado com o mouse, a troca instantânea de criatura também com o mouse, em décimos de segundos em vários momentos.

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Nas "salas" com desafios puramente cerebrais, o jogo é sensacional, lembrando os melhores momentos de Toki Tori 2. A partir do instante em que a velocidade se torna determinante, o desafio é multiplicado por mil.

Um longo preâmbulo para confessar que estamos desistindo pela nossa incapacidade de seguir em frente… mas é a verdade. Nossa rotina era jogar dez minutos, dar ragequit, voltar horas depois, jogar dez minutos, dar ragequit... e assim completamos três horas de jogatina.

Tiny Brains é cooperativo, é possível que outros jogadores coordenem as outras criaturas. O que torna tudo ainda mais desbalanceado. A maioria dos desafios que encaramos seriam um passeio no parque com dois, três ou quatro jogadores cooperando. Porém, outros, para um único jogador, se tornam um exercício de se desdobrar em quatro e foram claramente criados para multiplayer.

Não experimentei me conectar com outros. É um título que exige a cooperação e onde a sabotagem seria o caminho mais fácil. Não quis submeter meu filho a este tipo de eventualidade.

Tiny Brains 07

Para quem quiser se arriscar, recomendo Tiny Brains pelo bom-humor. Sem este alívio cômico, teríamos jogado a toalha muito antes.

Ouvindo: Das Ich - Gottes Tod

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