Retina Desgastada
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19 de maio de 2016

(não) Jogando: Mechanic Escape

Mechanic Escape 01

Mechanic Escape não é um jogo fácil. Mas, ao contrário do que aconteceu com Ethan: Meteor Hunter, não foi esse o motivo que o levou para a lixeira.

Na verdade, o desafio imposto pelo jogo de plataforma é um daqueles que exige que o jogador entre no fluxo, sinta o ritmo inerente de seus obstáculos e se torne um com seus movimentos. É quase zen em sua dificuldade. É um jogo perfeito para se jogar com crianças, na base do hotseat, morreu, passa a vez para o próximo, tentando todos juntos avançar para o próximo nível. E foi o que eu fiz. Em mais de uma ocasião, inclusive.

Sua premissa é muito simples: você controla o que parece ser um rei robô. Seus súditos foram sequestrados e espalhados por diferentes níveis, em diferentes mundos, e cabe a você recuperar todos eles. Ao contrário de jogos similares, você nem mesmo é obrigado a recuperar todo mundo ou mesmo um limite mínimo de robozinhos espalhados pelos níveis. Você só precisa chegar ao final do nível. O que já é um desafio em si.

Mechanic Escape 02Mechanic Escape 03

Sem nenhuma complicação mecânica ou habilidade a ser desbloqueada, seu personagem apenas pula, ricocheteia em paredes, balança em cordas aqui e ali e tenta sobreviver aos inúmeros perigos. É um jogo muito fácil de aprender, complicado de triunfar.

Em sua simplicidade também reside sua maior fraqueza. Não há nada novo para aprender depois dos primeiros níveis. Não há nada novo para se descobrir, exceto uma mudança de skin para os "mundos", o inimigo principal de cada fase (que nem chega a ser um chefe tradicional) e a própria aparência do protagonista. É um jogo fácil de enjoar.

Mechanic Escape 04

E foi o que aconteceu com meu filho. Sendo essencialmente um dos "jogos dele" e não meu, tentei incentivá-lo a voltar várias vezes, terminar o que começamos, ainda que aos trancos e barrancos. Mas, realmente, Mechanic Escape não oferece incentivos para o jogador perseverar. Falta ali a mágica da descoberta e o carisma de títulos como Sonic Generations ou Rayman Origins. Pode parecer covardia comparar essa produção modesta com gigantes do gênero, mas meu filho já conheceu o que há de melhor em plataforma, fica complicado seguir em frente com outros títulos.

Mechanic Escape sai para abrir espaço para outros jogos, mas me deixa a sensação de que merecia ser levado até o final nem que fosse pela inércia.

Ouvindo: A Perfect Circle - Thomas

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