No que a Warner Bros Montreal entregou um trabalho morno em Batman: Arkham Origins, a mesma desenvolvedora conseguiu dar uma aula de como fazer um bom DLC, superando de longe o frágil e descartável Harley Quinn's Revenge da RockSteady.
Não que Cold, Cold Heart seja indispensável para a mitologia de Batman ou mesmo para a franquia na qual se insere. Mas traz uma ótima trama paralela que não funciona como um complemento ou uma "esticadinha" da principal, mas apresenta começo, meio e fim próprios, trazendo a atormentada história de Victor Fries, o cientista criogênico que se transforma no vilão Senhor Frio. Não falta tragédia nessa que seria seu primeiro confronto contra o também iniciante Cavaleiro das Trevas.
Pela primeira vez na série temos a oportunidade de ver a Mansão Wayne por dentro em uma sequência bem orquestrada que também serve para introduzir o embate entre o fogo e o frio, o Bem e o Mal que irão dar a tônica da aventura, além de introduzir novas mecânicas.
Ao contrário do DLC de Harley Quinn, para Batman: Arkham City, aqui somos logo depois apresentados a um mundo aberto, ainda que bem reduzido. É quase igual ao jogo principal, inclusive com missões paralelas, e a jogabilidade acaba empregando um pouco de tudo que vimos antes, desta vez a serviço de um novo enredo, mas sem confinar o jogador a um novo personagem. E, embora o Cruzado de Capa estreie um novo e experimental traje, a novidade não rouba os holofotes e Batman continua sendo Batman naquilo que faz.
Com suas angústias e suas habilidades, o Senhor Frio faz jus a ter ganhado uma expansão dedicada inteiramente a ele.
Um comentário:
O combate com o Sr. Frio no Arkham Origins é fantástico. Uma das batalhas mais legais e que exigem criatividade do jogador que eu vi na série.
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