Retina Desgastada
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3 de janeiro de 2015

(não) Jogando: Arson & Plunder

Arson and Plunder 06

Desde o sucesso de Castle Crashers aqui em casa, eu estava de olho em um novo beat'em up onde eu pudesse controlar o personagem e meu filho apertar os botões de pancada indiscriminadamente. De preferência com muito humor. Por um tempo, Arson & Plunder atendeu a esse desejo.

No título, você controla dois personagens: a elfa com poderes incendiários chamada de Arson e o orc distribuidor de bordoadas chamado de Plunder. Para quem não entende inglês, seus nomes casam maravilhosamente bem com suas habilidades. A chave da jogabilidade aqui é que, por um acidente de teleporte, os dois protagonistas ocupam involuntariamente o mesmo espaço e você tem que alternar entre eles para usar seus poderes.

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É uma fórmula parecida com a de Three Dead Zed, mas aqui não há nenhum traço de puzzles e, na prática, na maioria das vezes tanto faz como tanto fez se você escolhe só jogar com a Arson ou só com o Plunder. É uma questão de estilo. Alguns chefes caem mais fácil com o poder deste ou daquela, mas essa é a única diferença.

Parte do charme do jogo está no humor. Os protagonistas se detestam, para começar. São de raças rivais que disputam uma floresta mágica. A chegada dos humanos arrogantes obriga a aliança. Outra fonte de humor é a quebra da quarta parede e frequentemente os personagens fazem referência ao fato de estarem participando de um jogo. Existe até um final falso antes da metade da aventura!

Arson and Plunder 31

Infelizmente, seria melhor se o final falso fosse o verdadeiro. Teria sido um jogo curto, mas divertidíssimo. Arson & Plunder sofre de dois problemas que se agravam quanto mais ele dura: é repetitivo e a dificuldade escala rápido.

Enquanto Castle Crashers acrescentava novidades a cada nível (e era infinitamente mais engraçado em sua anarquia), Arson & Plunder é aquilo mesmo o tempo todo: um jogo de bater e bater bem simplista. Não há armas, armaduras, poderes novos para desbloquear ao longo da jornada. Nem um mudança significativa no tipo de inimigos.

Arson and Plunder 34

E a dificuldade... começa como um passeio no campo e sobe rápido para lutas de vida ou morte que não permitem erros. Castle Crashers tem seus momentos tensos (aquela maldita colina à luz do luar!), mas no geral funciona só esmagando botões. E, quando não dá certo, é só fazer um pouquinho de grinding e subir seus níveis. Em Arson & Plunder, sorte e sincronia são fundamentais para escapar dos ataques e desfechar golpes precisos em vários minutos. Deve ter gente salivando ao ler esse parágrafo, mas posso garantir que na verdade o fator diversão cai nesses momentos. Em contrapartida, o título tem cinco níveis de dificuldade e certamente nosso erro foi ter escolhido o nível 3, quando o 2 poderia ter sido bastante satisfatório.

Arson & Plunder foi comprado através do Gamersgate, em um pacote indie, mas já foi aprovado no Greenlight e em breve estará disponível no Steam. Os desenvolvedores prometem um modo cooperativo online para dois jogadores, o que deve mudar bastante a dinâmica e amortecer a dificuldade.

É um título simpático, claramente feito com a melhor das intenções, mas que não ressoou bem comigo e meu filho e acabou abrindo espaço para o retorno de Minecraft.

Mas isso é uma outra história.

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Ouvindo: Slaughterhouse - Y'all Ready Know

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