Se você não leu ainda, tem texto meu no Gamerview sobre a revelação da orientação sexual de Tracer em Overwatch.
Passando pelos fóruns e pelas partidas aqui no Brasil, não percebi praticamente nenhuma reação negativa ou homofóbica, mas não posso garantir que a chuva de chorume não caía na cabeça da caixa de comentários se um assunto desses chegar a um grande portal.
Lá fora, há exemplos mais acentuados de intolerância, mas felizmente não fazem parte da maioria dos jogadores. Na Rússia, o quadrinho sequer foi publicado, devido à institucionalização da proibição legal de qualquer referência a comportamento homoafetivo. Imagine se a Blizzard tivesse seguido o clichê e tornado homossexual a máscula Zarya, heroína nacional russa dentro do lore de Overwatch...
Em um momento em que a Humanidade parece indecisa entre abraçar a diversidade de vez ou regredir para o obscurantismo, em um momento em que forças impulsionadas pela ignorância e pela fobia conquistam posições importantes na tomada de decisões que afetam milhões de pessoas, é muito apropriado que o jogo do ano seja um lampejo de luz na escuridão e abrigue todos os povos, todos as cores de pele e todas as cores do amor. Para um momento como esse, Tracer chegou na hora certa.
2 comentários:
Disse tudo, Aquino!
isso quando não tem aquela parcela de jogadores que não ligam, mas que expressam essa opinião exclusivamente por haver esse anúncio, ou a parcela que acha que esse "exclusivismo"na expressão da sexualidade alheia é um token do politicamente correto, o quando vem os conversadores que tem uma epifania desconstruidora falando que na verdade a apresentar personagens homossexuais é um mecanismo de abertura de mercado do capitalismo, como se a hiper sexualização das personagens femininas e a violência não fossem mecanismo de engenharia social das empresas
Enfim, é bom ver que a comunidade de jogadores esta tendo uma aceitação geral, sinal de que estamos amadurecendo em relação a questões sociais na comunidade gamer, por outro lado também tem amadurecido formas de mascarar insatisfação com a sexualidade alheia
Postar um comentário