O Primeiro-Tenente de Pelotão Robert C. Prince III possivelmente viu algumas coisas que homem algum deveria ver quando serviu no Vietnã entre 1969 e 1970. Não satisfeito com os horrores da guerra, voltou para os Estados Unidos e se tornou advogado.
Uma pessoa com esse perfil não é exatamente o tipo de sujeito que você imagina em casa fazendo composições nas horas vagas, mas esse foi exatamente o seu segundo emprego. Mas esse tiozinho de cabelos brancos manjava. Manjava muito.
Talvez por já estar acostumado com o lado sombrio da vida, ele acabou se tornando o responsável pelas trilhas sonoras de alguns jogos bem violentos, daqueles que são censurados em vários países retrógrados e acusados de incitar crimes.
Bobby Prince viu coisas. E escreveu todas as músicas de Wolfenstein 3D, Abuse, Rise of the Triad e sua obra-prima: Doom.
O trabalho mais recente do compositor foi a trilha do jogo Wrack (2014), rompendo um jejum que já durava 12 anos, desde Duke Nukem Advance (2002).
Sumido, mas não esquecido, certamente, Bobby Prince é uma fonte de inspiração para Rich Douglas. O também compositor tem 13 anos de experiência no mercado e escreveu as músicas para jogos como Shadowgate, Lifeless Planet, Insurgency e Carnivores Reborn.
Um dos projetos de Douglas é um tributo ao príncipe: uma recriação orquestrada da igualmente marcante trilha sonora de Wolfenstein 3D. O trabalho é totalmente licenciado, de onde imagino que Prince, curtindo sua aposentadoria, deva receber alguns royalties de cada venda. O tributo já está sendo vendido desde o ano passado, através do Loudr, Amazon e Google Play, mas só foi divulgado agora, por algum mistério da natureza.
Uma prévia das regravações pode ser conferida abaixo:
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