Em 1938, Marcianos invadiram a Terra. Em um evento que se tornou parte da história da Comunicação, Orson Welles transmitiu pelo rádio a narração do livro Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Reza a lenda que a novela foi tão autêntica que causou pânico real nas ruas, mas esse é um mito que permaneceu por 80 anos. Entretanto, a força dessa história é uma prova viva não apenas do talento de Welles, como também da qualidade da obra de H.G. Wells.
Essa foi possivelmente a maior e mais relevante influência direta de um trabalho do autor inglês.
Herbert George Wells completou 150 anos de seu nascimento essa semana. Até hoje é considerado um dos três mais importantes autores da ficção-científica de todos os tempos, um dos pais dos gêneros. Livros como O Homem Invisível, Guerra dos Mundos, A Ilha do Dr. Moreau e A Máquina do Tempo são clássicos que ajudaram a forjar um gênero.
E infelizmente, em décadas da indústria dos jogos, apenas um título está ligado diretamente ao trabalho de H.G. Wells. E tenho certeza de que absolutamente ninguém que irá ler esses parágrafos já jogou Jeff Wayne's The War of the Worlds.
Para um autor tão marcante, cuja obra está disponível em domínio público, é vergonhoso perceber que há somente um jogo baseado em seu material. Dois, se considerarmos as fortes ligações entre Vivisector e A Ilha do Dr. Moreau. Jules Verne, seu contemporâneo, aparece em pelo menos cinco títulos.
Mas o gênio de Wells se faz presente em cada jogo onde exista uma máquina do tempo e um amanhã amargo para a Humanidade, uma invasão alienígena à Terra com forças muito superiores à nossa ou os terríveis perigos da ciência fora de controle, ultrapassando os limites da ética. Wells foi um visionário de dias de um futuro esquecido e se tornou um homem invisível, ali atrás do seu ombro a cada vez que você enfrenta os Reapers ou os horrores da Umbrella.
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