Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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21 de agosto de 2011

Pais e Filhos

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida."

Apocalipse 21:6.

Ao longo de sua trajetória, desde seu anúncio inicial até agora, anos depois do lançamento, o terceiro capítulo da franquia Fallout foi acusado de muitas coisas: de não honrar a série, de ser um Oblivion-com-armas-de-fogo, de ser uma fabricação de jornalistas comprados, de não ter uma boa história, de não ter um bom combate, de não ser RPG e até de brincar com coisas sérias. Após 56 horas de jogatina (e sem encontrar meu precioso Dogmeat), eu assisti com coração apertado os últimos instantes da aventura principal e enquanto os créditos subiam na tela, eu tive uma epifania. Estão todos errados.

Fallout 3 é um dos melhores textos já criados para um RPG e um dos mais sensíveis jogos já produzidos. Fallout 3 é arte.

Existe uma melancolia inerente ao seu enredo que não havia ainda sido alcançada na série. Se o primeiro jogo é amargo e o segundo pode ser definido como algo que oscila entre a auto-ironia e a grandiosidade, este terceiro exemplar transborda tristeza. Esse sentimento está presente na jornada do herói, quase sempre solitário, em busca de seu pai, em busca de um sentido e de um futuro, não apenas para si, mas para todos que o cercam. O tom perpassa além do enredo central e surge em diversos personagens que estão igualmente perdidos, igualmente em busca de sua família ou igualmente órfãos, literal e figurativamente.

Fallout 3 - My Screenshot 15

Temos uma filha que deseja tornar o pai orgulhoso e se envolve em uma guerra sem fim e sem esperanças. Temos uma tribo de crianças que construíram seu próprio mundo, suas próprias regras, na ausência de figuras paternas, e que comovem pelo jeito frágil e pelas palavras duras. Temos um garoto que perdeu tudo em um ataque de monstros. Temos filhos adotivos, temos uma mulher em busca de notícias de seus pais ou de seu irmão, temos uma família "disfuncional" unida em torno dos mesmos impulsos moralmente dúbios, temos uma mãe ghoul que sente a falta de seu filho que partiu em busca de uma vida melhor, temos gente que perdeu tudo e cuja dor é contada através de registros em computador, temos...

Fallout 3 - My Screenshot 18

E temos o protagonista. Aquele que seguir sua odisséia pelas Terras Devastadas será brindado com locações de tirar o fôlego ou de desafiar seus valores morais. Mas o mais importante é sua relação com o pai, agora ausente, e seus sonhos. Relação esta que forma um ciclo completo, do começo até o final, do Alfa até o Ômega. Não é por acaso que o jogo comece do ponto onde começa, com o nascimento do personagem e a conseqüente morte de sua mãe. O jogador precisa testemunhar aquilo. Ele precisa lembrar daquilo e do que vem depois. A história desta família é feita de sacrifícios, todos eles escolhidos por seus agentes. Em um mundo assolado pelo egoísmo e pela sobrevivência do mais forte, o exemplo trazido ao foco forma um retrato contrastante.

Se na primeira metade desta travessia, Fallout 3 segue a cartilha de Mario, com a dinâmica "a princesa está em outro castelo", quando a trama finalmente se encontra e o segundo motor central é acionado, colocando a questão da água potável e do G.E.C.K. mais uma vez no centro de um Fallout, a história ganha força. A chegada de novos e implacáveis inimigos altera o cenário e transforma os objetivos pessoais do protagonista em uma batalha histórica pela civilização, um confronto entre a esperança e o controle, entre o velho e o potencial, entre a distopia e a utopia, entre a liberdade e o autoritarismo. Tudo é resolvido com um código na última cena, um código que não é revelado explicitamente ao jogador em momento algum, mas que qualquer um que consiga emergir na vida destas pessoas consegue decifrar em segundos. Um derradeiro toque de empatia entre a trama e nós. Concluída a saga, temos a narração clássica de Ron Perlman, os slides que prenunciam o futuro e a certeza de que a Humanidade continua a mesma, a despeito dos esforços.

Testemunhar a fúria de Liberty Prime ou atravessar a torturante Tranquility Lane serão momentos que carregarei para sempre em minha memória de jogador. Mas mesmo nas minúcias, Fallout 3 se mostra memorável. A iluminação feérica do Underworld que lança tristeza sobre seus já castigados habitantes, o otimismo irrefreável de Moira, a sutil referência a Peanuts no consultório médico de Little Lamplight, o suicida de Rivet City. Mais uma vez, a Bethesda nos apresenta um mundo rico e palpável. Aproveite todas as oportunidades, converse com todos os NPCs, ouça suas histórias de vida, pesquise em terminais de computador, leia arquivos.

Fallout 3 - My Screenshot 28

Para um jogador como eu, cujo Karma final foi tão positivo que meu personagem estava quase andando sobre as águas, Fallout 3 não poderia ser uma experiência mais adequada. Percebi que para um jogador que goste de interpretar anti-heróis ou sádicos vilões, alguns aspectos podem ser decepcionantes. Ainda que o jogo dê espaço para este tipo de abordagem, determinados segmentos da história não são condizentes e possuem limitações artificiais. Talvez esta seja a grande falha de um título impecável em muitos outros sentidos.

E eu ainda não explorei metade do mapa disponível.

Embora a Bethesda não tenha criado uma história principal que o obrigue a passar por toda a extensão de seu vasto território, como aconteceu em Elder Scrolls III: Morrowind, o universo está ali, acessível a descobertas e repletos de segredos. Considero isto e os DLCs como um bônus, como uma nova aventura complementar à apoteótica saga do Vault Dweller. A jornada pode ter terminado. Mas outra está começando.

Fallout 3 - My Screenshot 35

Ouvindo: I Against I - Space Odyssey

39 comentários:

João Luiz disse...

bah, que post fantástico. o teu poder de colocar em palavras o que a gente apenas sente é algo incrível.

aquino, sem ser puxa-saco, mas o teu texto é o melhor entre os blogs de jogos na internet.

parabéns, aquino. li todo seu blog, e alguns de seus textos são memoráveis, mas acho que hoje tu se superou.

agora sobre FO3: um troll divertido tinha perguntado o que eu tinha achado de little lamplight. agora que tu passou por ali vou dizer.

esse é, pra mim, o momento de maior poesia de FO3. o lugar onde apenas crianças vivem, esperando chegar a idade para ir para o lugar prometido (big city). daí, quando chegam lá, veem que a felicidade eles tiveram na infância, protegidos dos perigos na caverna, e que agora o sogfrimento iria começar.

e, mesmo assim, nenhum deles volta pra contar pros guris a merda que a vida deles será. por que? porque isso acabaria com o pouco de felicidade que eles podem ter...

FO3 tá cheio dessas pequenas coisas. e é isso que faz dele um grande jogo.

além, claro, da melancolia sempre presente, sem aquela esperança que o 2 passava (e que não tem nada a ver com o setting, IMO).

ah, e o dogmeat está em:


SPOILER ALERT!!!!






scrapyard, sendo atacado por alguns bandidos... pronto, falei!

Marcos A. S. Almeida disse...

João,você não esperou nem a análise final do jogo...
Quanto ao texto o que você disse é a pura verdade: é um deleite lê-lo.Acredito firmemente que o Aquino poderia facilmente escrever um livro de tão fluida e mágica que é a sua narrativa.E por favor Aquino, reserve pra mim um volume da primeira edição.

João Luiz disse...

boa ideia essa:

escreve um livro, aquino! podia ser com uma análise mais longa dos teus jogos favoritos!

eu compraria...

marcos:

ele acabou o jogo sim, somente ainda não as dlcs. ou eu me antecipei demais? se sim, desculpe ai aquino!!!!

eu ia falar sobre outras coisas do jogo, mas vou ficar quieto, agora deu remorso se eu estraguei alguma coisa....

Paladino222 disse...

Cara eu já estou com quase o mesmo tanto de horas jogados e até agora ainda não consegui sair de Megaton, faço missões secundárias exploro um pouco o mapa, mas no fim eu sempre retorno, acho que me identifiquei com a cidade, com as pessoas...
E sobre aquilo que você falou uma vez em um post sobre como uma decisão errada custou a vida de uma pessoa bacana.
Comigo foi quase do mesmo jeito, só que com um final diferente, quando o sherif deu as costas e o Sr. Burke puxou a arma imediatamente entrei em modo VATS e com um acerto crítico espatifei a cabeça do mesmo...
O bom e velho sherif me agradeceu, ganhei minha propria residência e karma.

Mdesign disse...

Belissimo texto Aquino, ainda bem que acabou por se render ao mundo criado pela Bethesda, é exactamente nisso que se tornaram peritos, criar experiências que imitam a vida.
As falhas técnicas são quase irrelevantes num jogo tão vasto e cativante. Estou ansioso, que jogue Oblivion, penso que depois de se envolver nesse outro mundo "Bethesdiano" o seu texto será uma obra-prima. Como disse Marcos A. S. Almeida, podia pensar em escrever uma antologia de análises e pensamentos sobre os videojogos.
O que mais cativa na sua escrita, é acompanhar a sua descoberta de cada titulo (mesmo que o leitor já tenha jogado), passo a passo, como se estivessemos lá, é uma experiência única e original.
Eu compro.

C. Aquino disse...

Grato a todos pelos elogios. Fico feliz que tenham gostado. A análise final de Fallout 3 ficou um pouco mais curta do que o normal para um jogo que entrou na lista de favoritos, mas outros aspectos do jogo já haviam sido analisados anteriormente. Como jogo favoritado, também não tem nota final.

João Luiz, pode ficar tranquilo quanto aos spoilers. Eu mesmo já tinha lido na internet onde achar o Dogmeat, agora que a aventura principal foi concluída. Minha preocupação agora é com aqueles que ainda não jogaram e podem ser prejudicados, então, peço a todos que não comentem nada muito retumbante.

Quanto a ideia de um livro, talvez isso não surpreenda vocês, mas JÁ tenho uma obra de ficção concluída (mas não publicada) e outra parada em 80% desde 2006. Como este material pertence uma outra época da minha vida, fico melindrado de expor depois de tanto tempo, até por uma questão de qualidade. A propósito, o livro concluído não tem NADA a ver com jogos. O segundo é inspirado em um cenário de RPG próprio.

Retina Desgastada, o livro? Esta é uma ideia que nunca passou pela minha cabeça! Agora, vocês me corromperam...

Breno disse...

João: Obrigado pelo elogio camarada. É sempre bom um pouco de lulz pela internet para relaxar um pouco.

Aquino: Como de praxe eu tenho uma critica a fazer no seu artigo, esperando sempre que vc encare essa critica de forma construtiva (ao menos as criticas que forem condizentes com as suas preferencias e tudo mais) e não como certos blogueiros fazem em amarelar quando a chapa esquenta para o lado deles. Bom,então vamos lá:

A principal critica que eu tenho ao seu texto se encontra no seu paragrafo inicial. Vc afirma que fallout 3 foi acusado de diversas coisas, mas vamos lembrar que já se passaram 3 anos do lançamento do mesmo e que muitas pessoas não só acusaram, como também CONSTATARAM os problemas relevantes ao titulo, que eu irei explicar ponto a ponto:

1-Não honra a serie - esse ponto é subjetivo e não vou aborda-lo.

2-Oblivion-com-armas-de-fogo - esse ponto não é 100% verdade,mas também não é falso. Temos uma engine, jogabilidade(+uso do VATS(AKA GOD mode)), e interface(só muda na concepção estetica) quase que identica quanto ao antecessor,com apenas algumas melhoras. E deixo também uma observação:não pensem que fallout 3 foi feito com o intuito de introduzir melhorias a série original da Black Isle.Na verdade Fallout 3 teve sempre como competidor o titulo Oblivion(Um dos "melhores" RPGs da next-generation(e um dos piores RPGs do genero em si)).

3-Fruto de manipulação jornalistica- Independente da qualidade final do produto,não se pode negar o excesso de hype e a ausência de criticas tanto nos previews quanto nos reviews do jogo(fallout 3 não é o único titulo a se utilizar disso,mas visto que a base de fans da série não engole qualquer promessa em falso, eles precisaram bastante do apoio de jornalistas para silenciar e deslegitimar esse grupo). Não sejamos ingenuos, afinal vc mesmo já postou as ambiciosas campanhas de marketing da Bethesda para promover o titulo (se eles usassem metade do dinheiro do marketing e atores de hollywood para melhorar o jogo...). Vamos lembrar também da campanha de market...quer dizer do editorial pré-fallout 3 do site escapist e relembrar a concepção do editor chefe do site quanto a ideia de um titulo fallout com base nos originais(datado(mesmo se fosse 3-d),desapontador, etc...). Faço também a velha observação de que esses jornalistas só identificaram os erros mais básicos de um jogo depois que a poeira baixou nas vendas. Vamos também questionar o porquê dos defeitos mais aparentes do titulo serem identificados somente em sites dedicados a rpgs.Se vc tiver interesse em saber mais,eu posso lhe dar alguns links para vc saber como funciona o jornalismo de jogos.

Continua no proximo comentario...

João Luiz disse...

tu pretende jogar as dlcs?

se sim, vai ter análise delas?

e new vegas e planescape, vamos ver algum dia eles sendo brilhantemente comentados por aqui?

Breno disse...

4-História Ruim- Esse é um ponto polemico, visto que o jogo é laureado pela critica mainstream(tendo ganhado até um premio de melhor roteiro de jogos),e por outro lado ele é conhecido por ter uma das narrativas mais bestas que se pode encontrar(vide NMA rpgcodex,Shamus Young e até o cara do Ninja game den reconhece que a história do jogo é fraquissima(ele gosta do jogo mesmo assim),entre outros).Mesmo eu não prestando muita atenção na história do jogo,me saltou os olhos a concepção de civilização em little lamplight(como se constitui uma civilização de pirralhas?como eles se reproduzem(gravidez precoce lol,ou eles adotam ou roubam crianças?),como eles conseguem se defender dos dumb mutants?)!Sem falar de outras bobagens como os super mutants, uma raça de filler sem razão nenhuma de estar no jogo, dos paladinos,digo brotherhood of steel,que tiveram uma grande mudança de politica no fallout 3,e tambem do Optimus Prime,digo,Liberty Prime...

5-Combate ruim- Nem bom, nem ruim ao meu ver, apenas mediocre, com algum valor cômico.

6-Não é um RPG- Fallout 3 é um action RPG.

7-Brincar com coisa séria-não é relevante para a discussão atual.

O fato de vc defenir Fallout 3 como um dos melhores textos para um rpg não ajuda muito se vc não mostra exemplos concretos desse brilhantismo(de fato,a forma como vc relata parece ser melhor do que no jogo em si,seria isso LARPING).Seria interessante se vc mostrasse textos como por exemplo "I'm looking for my father. Middle-aged guy.Maybe you've seen him" como exemplo de um dos melhores textos escritos(Não quero nem saber o que o resto do gênero oferece).

Enfim,sem querer ser chato,mas já sendo,sinto que a sua Epifania não ajudou a solucionar esse dilema no mundo dos jogos ao meu ver.

C. Aquino disse...

Respondendo ao João, sim, eu vou jogar e analisar os DLCs. Imediatamente. E devo finalmente instalar alguns mods. New Vegas deve ficar para o ano que vem, para não saturar e também porque tem outros títulos pela frente. Torment deve ficar para outra época, não pretendo emendar um jogo tão imersivo com outro. Devo jogar algo mais despretensioso na sequência, é cedo para decidir.

Breno, vamos por tópicos:
1) Esse ponto é subjetivo e vai de cada um mesmo.
2) Não joguei Oblivion, então, na verdade não fui justo ao desconsiderar esta acusação. Pelo o que eu li a respeito, Oblivion é inferior a Fallout 3. Embora Fallout 3 utilize a mesma engine de Oblivion, eu o considero superior em história principal e tom de narrativa a Morrowind. Então, Fallout 3 não é um Elder Scrolls com armas de fogo.
3) Há controvérsias. Ouve hype por parte dos jornalistas (hype pago ou não), mas o título tem qualidades que sustentam a nota alta mesmo entre os jogadores (9,3 no Moddb). Impecável, ele não é. Mas as vendas não foram resultado apenas da força da mídia.
4) Quando eu digo história, eu quero dizer o escopo da narrativa, não precisamente sua coerência. Existem pontos que não fazem sentido lógico em Fallout 3. Mas isso também existia nos anteriores e isto também existe em praticamente todos os jogos, quiçá todas as histórias. Os detalhes do funcionamento de Little Lamplight são irrelevantes perto do valor emocional evocado pelo espaço. E o lugar segue uma tradição em universos pós-apocalípticos (vide Mad Max Além da Cúpula do Trovão ou o clássico literário O Senhor das Moscas). Super Mutantes são fillers e sempre foram (exceto no primeiro). Sessenta anos depois, parece razoável que a BS tenha mudado um ponto ou outro de sua ideologia. E quanto ao Liberty Prime, ainda acredito que ele se enquadre no universo. E, mesmo que não se enquadrasse, ele fica em cena por dez minutos de um jogo de dezenas de horas. Dez minutos épicos, mas apenas dez minutos (e fico grato por ser apenas isso, ou o jogo se transformaria em outra coisa mesmo).
5) Concordo com o combate. Nem ruim, nem bom. Satisfatório.
6) Concordo. Fallout 3 não é Old School ou Hardcore. Tem uma levada para a ação, enquanto os primeiros eram muito mais táticos. Mas é RPG, sim.
Finalizando, os diálogos poderiam ser melhores mesmo. Quando eu falo sobre texto, eu não quero dizer "texto" escrito, mas estou falando da narrativa como um todo, que evoca constantemente a melancolia e o temas da família e do sacrifício. Em termos de diálogo Deus Ex ainda está para ser superado. E eu sempre faço LARPING com meus RPGs! Eu fico imaginando diálogos e tento reagir e enxergar o mundo como o personagem faria.

Por enquanto, é isso. Vou levar o pequeno para a creche agora e vou sumir um pouco. Mas eu volto.

Mdesign disse...

Breno você é muito negativo, é um jogo, não uma tese, a única intenção destes media, é divertir e entreter, envolvendo o jogador nas suas actividades e dramas virtuais.
Essa dissecação exagerada do jogo corrompe a magia e a intenção do mesmo, todos os jogos têm erros, jogos tão grandes, como oblivion e Fallout estão fadados a sofrer de ainda mais erros, mas a sua qualidade geral, ultrapassa em muito esses mesmo defeitos.
Mesmo que o Hype inicial seja um dos factores do sucesso das duas séries, esse mesmo hype já acalmou a muito tempo, mas mesmo assim, milhões de modders e aficionados deste nosso passatempo, dedicam horas e horas a criar conteudo para esses mesmos jogos, utilizando as ferramentas da bethesda para o efeito.
Parece-me que a sua opinião é mesmo muito cerrada, um pouco teimosa, e de certo irá argumentar num texto longo e detalhado as razões porque estou errado e por ai adiante. Mas no fundo, acho que as análises do retina desgastada, primam pela avaliação origninal e pessoal da experiência como jogador, tal como nós o fazemos quando jogamos.
É a observação do folclore do próprio jogo, é o paralelismo com outros media (livros, filmes, etc..), é a estreita igação com a sensação de prazer que o jogo (com bugs ou sem bugs) proporciona.
Veja-se o exemplo de um dos jogos mais idolatrados de sempre, "Vampire the masquerade Bloodlines", um jogo cravejado de bugs, um deles, na release inicial impedia a conclusão da história principal, mas o seu ambiente, os seus diálogos e personagens mirambulantes e criativas, sugam o jogador para aquele mundo virtual, não a bug ou erro que resista.
Em relação a história do jogo, mesmo que muito simples, as incontaveis histórias que se encontarm um pouco por todo o lado na Wasteland, tiram inspiração e homenageam as melhores obras do género, desde o livro "The road, por Cormac McCarthy", a Lovecraft (a famosa casa assombrada a espera de ser descoberta na wasteland).

Marcos A. S. Almeida disse...

Todas essas belíssimas análises feitas pelo Aquino só confirmaram um dito popular que diz " A beleza está nos olhos de quem vê";Ele fez uma ótima análise de Morrowind e por conta disto ,tentei jogá-lo mas os gráficos "quadrados" me incomodaram mais do que a necessidade de constantes diálogos e desisti;Fez uma empolgante análise de Deus EX , fui jogá-lo mas desisti antes do encerramento do tutorial;Fez uma de STALKER, também me empolguei e ainda estou á jogá-lo, mas sinceramente a primeira palavra que me vêm a mente sobre o jogo é IRRITANTE, com seus loadings demorados, bugs e a facilidade que se morre (e muitas vêzes não se mata com a mesma...), enfim não achei a magia descrita nas análises , dentro desses jogos.
Mas têm os positivos como Dead Space (ótimo), Killing Floor ( sem palavras) e os que eu havia jogado antes das análises, como Duke Nukem, Blood, Silent Hill 2, Left4dead, Half-Life 2, etc.Nesses eu encontrei a magia.
O que eu quero dizer com tudo isso?Simplesmente que por mais que existam jogos unânimes (ou quase) em opinião positiva, a experiência será sempre estritamente pessoal.Vide o nosso amigo Bruno, que insiste em discordar de vários aspectos das análises e impressões sobre Fallout 3 , mas a verdade é que ele SEMPRE discordará de qualquer análise, por que sua experiência com o jogo foi ÚNICA e estritamente pessoal.Temos de respeitá-lo por isso e apesar de não ter lido todas as suas dissertações sobre o jogo acredito que ele goste muito dele.

Paladino222 disse...

Cara chato do caramba, única intensão do jogo é divertir e nesse quesito é show...Cara eu não sei como você consegue jogar um dos jogos mais divertidos que eu ja joguei com um olhar tão negativo, se duvidar ele desce o cacete até em super mario bros 3...
Se o blog fosse meu eu ja tinha mandado esse cara pastar...

Guilherme disse...

A narração de Fallout 3 não é do Liam Nesson ?

http://pc.ign.com/articles/786/786314p1.html

Adorei esse jogo. Para vc ter uma idéia, joguei no pc, ps3 e no 360.
Foi um dos jogos que mais joguei na vida.

C. Aquino disse...

Guilherme, O Liam Neeson dubla apenas o pai do protagonista (informação esta que eu não sabia, acabei de descobrir!). O Narrador, que abre e fecha o jogo é o Ron Perlman, como foi em Fallout 1, Fallout 2 e até no Fallout Tactics! Muito antes dele alcançar a merecida fama no papel de Hellboy, ele já estava ali inserido na cultura nerd...

João Luiz disse...

o liam faz teu pai, a narração od início e do fim sempre é dele, pearlman "war, war never changes"!

querem conhecer outros brenos? é só entrar no site no mutants allowed. eles se procriam por lá e depois enchem qualquer site que fale de FO3 pra esculhambar.

o problema é que FO3 vendeu mais que o 1 e 2 juntos, então fica difícil doutrinar tanta gente pra lado deles...

jogos são sinônimo de diversão, mesmo quando a temática dele é séria.
jogos não são sinônimo de coisa séria pra ser discutida a sério, nunca.

pra discutir a sério e brigar já temos futebol, política e religião...

João Luiz disse...

aquino, o melhor papel do ron não é em hellboy, é em "o nome da rosa", lembra?

o monge debilóide...

C. Aquino disse...

Confesso que não lembro dele em "O Nome da Rosa"... eu vi este filme uma única vez, para um trabalho da faculdade em 199..., mas concordo que Perlman tem talento de sobra. Hellboy o lançou para o grande público, mas ele tem muita estrada. Ele foi até a Fera do bizarro seriado de televisão "A Bela e a Fera"!

João Luiz disse...

bela e a fera? aquele que passava na globo? nooossssaaa, tu é velho, hein?ehhehehe, eu não sabia dessa...

o nome da rosa é fantástico, sean connery e ron pearlman, quer mais?

Mdesign disse...

The city of lost children, grande filme com o Ron Perlman,

http://www.youtube.com/watch?v=Pa7oVPru4J8&feature=related

Jimmy666 disse...

Muito bom cara!
Eu comecei a jogar Fallout 3 faz uns 2 anos mas um bug em uma missão me fez parar com o jogo!
Agora comprei FALLOUT NEW VEGAS+todas as DLCs nessa promoção que teve no STEAM, estou curtindo muito embora o mundo de Fallout 3 aparentasse ser mais charmoso!
Comece a jogar FALLOUT NV e compare os dois aí pra gente!

C. Aquino disse...

Ladrão de Sonhos é outro filme que eu só vi uma vez e não lembro direito! Lembro que eu gostei, o que já é alguma coisa. Quando o Jean-Pierre Jeunet foi escalado para fazer Alien - A Ressurreição ele levou um monte de gente do elenco junto, incluindo o Perlman. Até hoje eu não entendo como Hollywood pode ter chamado um diretor tão maluco e poético para fazer um filme do Alien e depois colocar uma série de travas nele... Mas é melhor parar por aqui antes que eu acabe fazendo um blog de cinema! Um vício só já é o bastante! ehehehe

Mdesign disse...

Concordo plenamente, estragaram uma série brilhante e mancharam a carreira de um realizador visionário. Talvez o Prometheus de Ridley scott, mesmo que toque apenas ao de leve no universso de Alien, nos proporcione as mesmas sensações do primeiro. Até que seria interessante ler o que o Aquino pensa da industria do cinema.

Breno disse...

"Em termos de diálogo Deus Ex ainda está para ser superado".Bom, eu cito alguns jogos: Vampire:bloodlines;Planescape:torment;Arcanum;Ultima 7,Betrayal at Krondor,vagrant story(isto só entre os rpgs...)

João falou "jogos são sinônimo de diversão, mesmo quando a temática dele é séria.jogos não são sinônimo de coisa séria pra ser discutida a sério, nunca."

Este não é o ponto,o ponto em questão é o processo de review do jogo em questão.Se Aquino fosse um critico mainstream,ele estaria pecando em fazer a resenha do jogo de forma incompleta(como rpgs tendem a ter varias abordagens,Aquino deveria experimentar as abordagens neutras e ruins,alem de testar outras builds de personagem,etc..).Um problema entre os aficcionados em rpgs é a baixa expectativa que os jogos modernos tem em fatores de roleplaying...Sendo assim,acaba se tornando um problema quando os rpgs antigos conseguem se manterem superiores as suas contrapartes modernas. Como Aquino mencionou(e eu concordo)Fallout 3 é um jogo melhor do que Oblivion,justamente por usar um pouco dos elementos dos fallouts,mas infelizmente Oblivion é um jogo bem mediocre nos aspectos de rpg.
E Aquino,os super mutants não eram filler nos primeiros,e eles tinham personagens marcantes também,em contraponto,no 3 temos o Fawkes,que é um NPC bem fraco se comparado com Marcus e Toni Jay(me esqueci do nome do seu personagem xD).

Breno disse...

Aquino-"Guilherme, O Liam Neeson dubla apenas o pai do protagonista (informação esta que eu não sabia, acabei de descobrir!)."

Este é um dos problemas da industria,o pessoal gasta dinheiro com atores de hollywood(que muita gente morre e não sabé que eles estão lá) e o povo acha que os altos custos de produção estão relacionados a graficos.Marketing pesado e futilidades deste tipo são a natureza dos altos custos para a produção de jogos(para um assunto que não se deve discutir a sério,existe muito dinheiro em jogo no meio destes brinquedos não é João?).

Talvez a visão de um Fallout old-school não fosse vender tanto,mas se eles desenvolvessem o jogo com baixo-orçamento ele podesse ser rentavel(infelizmente as empresas não tem essa visão de lucro)!

João Luiz disse...

"Um problema entre os aficcionados em rpgs é a baixa expectativa que os jogos modernos tem em fatores de roleplaying...Sendo assim,acaba se tornando um problema quando os rpgs antigos conseguem se manterem superiores as suas contrapartes modernas."

jogos antigos tem fatores de RP bem limitados, com raríssimas exceções. não sei daonde tu tirou isso, deve ser um sério problema de memória seletiva, que acha que tudo antigamente era melhor (mas não era - como já dizia meu vô: "eu não quero voltar no tempo e que as coisas voltem a ser como eram! ninguém parece lembrar que não se tinha luz elétrica nem papel higiênico!").

e o teu problema é não aceitar que se goste de FO3, ou oblivion. os dois são grandes jogos, muito melhores que 99% dos jogos antigos. mas a cartilha do NMA não permite que membros elogiem esses jogos, né?

ps. betrayal NÃO tem textos melhores que Deus Ex, mesma coisa pro vampire e arcanum. só planescape supera ele, mas esse o aquino não jogou, não tem como conhecer.

aliás, betrayal é altamente datado, ninguém mais dá bola pra ele. mesma coisa o arcanum, que até é bom, mas nada de mais, mas que volta e meia alguém recorda que existiu e elogia, mesmo sem nenhum eco...

João Luiz disse...

eu vi bem ou o breno criticou a contratação do ron pearlman, o mesmo cara que está no FO1 e 2?

Breno disse...

João: PROVE que betrayal at Krondor não tem bons dialogos e textos. E cite um jogo AAA Recente que tem mais liberdade que ultima 7. Eu não critiquei Ron pearlman, eu critiquei Liam Neeson,pois ele não acrecenta nada de mais ao jogo alem de ser um NPC importante e ter um cache elevado. Mas se for o caso de dispensar o Ron Pearlman em prol da jogabilidade e do RPG,eu não pensaria duas vezes(Ate mesmo Tony Jay se fosse o caso,que Deus o Tenha)!

Breno disse...

E outra,João mais uma vez interpreta errado o texto.Em nenhum momento eu disse que todos os jogos antigos são melhores,apenas falei que os MELHORES RPGS ANTIGOS SÂO BEM SUPERIORES EM RELAÇÃO AOS BEST-SELLERS ATUAIS.Entendeu agora ou quer que eu desenhe?João também não percebe que eu elogio alguns elementos de Fallout 3 também.Mais uma vez ele é pego sobre a sombra da ironia.O chato é que quando a gente começa a "debater" ninguem mais volta pro debate.Então João,por que vc não ignora minha pessoa troll?

João Luiz disse...

primeiro: mostre, nos meus textos, alguma menção à ultima 7. que, aliás, é outra série que já deu os doces faz tempo... era fantástica, mas não se modernizou e ficou apenas a memória. FO seguiria a mesma linha se dependesse de gente igual a ti.

segundo: uma das empresas que começou com essa história de contratar ator foi a interplay, megalomaníaca que era (e faliu por isso). e isso com FO1. então, se critica o 3 por uma coisa que o 1 tb fez? mas, como sempre, tu não vai notar falha lógica na tua argumentação nessa aqui tb...

terceiro: provar? eu acho que vou contratar um advogado, porque isso aqui parece tribunal...

por último: nada que se diga aqui vai fazer tu mudar de ideia. tu odeia o FO3 e pronto, isso basta pra ti.

nenhum argumento vai ser bom, nada irá fazer tu mudar de ideia. tu parte de um pressuposto criado por ti mesmo e quer que todos analisem os fatos sobre essa ótica. se alguém não faz isso, tu aparece criticando e ofendendo.

FO3 não é rpg pra ti, portanto, FO3 não pode ser rpg pra ninguém. e quem não te seguir é um: a) jornalista comprado; b) jogador seguidor de hype; c) nazista, fascista, racista, e algum outro ista.; d) adorador do deus gráfico; e) todas as anteriores.

ps. jogos não são pra serem sérios. se envolvem custos, e daí? novela tb, e nem por isso acho que se deva discutir elas...

João Luiz disse...

"apenas falei que os MELHORES RPGS ANTIGOS SÂO BEM SUPERIORES EM RELAÇÃO AOS BEST-SELLERS ATUAIS."

não falou isso não. tu falou isso aqui:

"Um problema entre os aficcionados em rpgs é a baixa expectativa que os jogos modernos tem em fatores de roleplaying...Sendo assim,acaba se tornando um problema quando os rpgs antigos conseguem se manterem superiores as suas contrapartes modernas."

viu a diferença? ou quer que desenhe? onde estão os melhores jogos? tu generalizou, aguenta.

Breno disse...

Esse é um dos pontos pelo qual não vale apena discutir com vc.Vc fala coisas sem nem ao menos tentar contextualizar,provar o porque da sua opinião. Vc falou que Betrayal at Krondor não tem uma boa história(ou uma história que não se equipare a Deus ex)e nem tentou argumentar contra ou perguntar o porque de eu ter essa opinião,apenas disse que não era e ponto.Cara um conselho:registre-se nos forums da UOL,lá vc vai encontrar gente com o mesmo nivel de argumentação que vc(ei se vc se ofender por isso a culpa é sua!!).

Quanto a citação ai em cima,se pressupõe que se estamos falando de um jogo que é considerado o que há de melhor em RPGs nos ultimos anos,é claro que eu iria colocar os melhores rpgs do passado em questão de merito. E mesmo quando eu esclareci o obvio(ou o quase obvio),cade a argumentação.Cade a resposta para as perguntas camarada. E outra,a interplay não faliu por causa de contrato de atores(sobre o uso de propagandas,eu sou contra,mas o marketing que eles usavam naquelas epocas não se compara ao que se ve hj onde os custos de marketing soma pelo menos uns dois jogos),ela faliu(tecnicamente ela ainda não faliu) por que ela fudeo com a serie fallout lançando o BoS e também com uma bomba chamada Lionheart.Discutir com uma pessoa que não tem nem o conhecimento básico sobre a série e a empresa fogo...E por favor,sem essa conversa de jogo datado que nem chega a ser relevante para a discussão...

João Luiz disse...

argumentação boa = concordar com o breno.

não ter argumentação ou argumentar mal = não concordar com o breno.

já te falei, procura um dicionário e olha o verbete "argumentar", ele não quer dizer o que tu acha não...

ps. tu molda a realidade aos teus pensamentos. eu não disse em momento nenhum que betrayal tem história ruim. disse que é datado (fato) e que tem textos piores que Deus Ex (opinião, se pensarmos no destaque que os 2 jogos tem, acho que tenho razão). eu não toquei na história dele, por sinal ótima e bem escrita (foi baseada em escritos de um escritor de verdade, não de um nerd programador).

esquizofrenia: taí um bom tópico pra ti procurar na wikipedia (pelo jeito, a "fonte" do teu saber.)

ps2. admite: tu demorou a responder porque tava lendo informações sobre a interplay na wikipedia, tô certo? tu mesmo disse que jogou os FOs só há pouco tempo atrás, como tu ia conhecer ela antigamente? ou tu mentiu sobre isso?

acho que tu é um adolescente querendo parecer ser adulto e pra isso usando referência a jogos antigos que tu só jogou agora ou leio a respeito. falar sobre fórum da uol é somente uma das pistas que tenho que acertei sobre ti (fórum esse que, by the way, eu nem sabia que existia até ler teu post).

Breno disse...

Não. O fato é que vc não argumenta bem!Sera que vc ve eu falando que Aquino ou qualquer outra pessoa tem ideias fracas(apesar de eu discordar deles em varios aspectos)?O argumento que vc usa para dizer que Deus ex tem história e textos superiores a BaK é o fato de Deus Ex ser mais conhecido?só uma palavra:LOL. Se esforce um pouco mais João,eu realmente quero discutir coisas interessantes com vc.

A proposito vc disse: "ps. jogos não são pra serem sérios. se envolvem custos, e daí? novela tb, e nem por isso acho que se deva discutir elas..." O que diabos vc está fazendo respondendo a comentarios e lendo blogs de games,se isso não é relevante?Esquizofrenia? Mais uma vez a sombra da ironia paira sobre João.

Ps.Cuidado com a conjugação do verbo na 2 pessoa do singular...

Breno disse...

Sera que João concordou comigo e parou a discussão? Esse é o problema com as discussões sobre fallout!As pessoas são muito passionais(pelo menos João ao meu ver) e não conseguem argumentar os elementos bons e ruins na série...

Breno disse...

Aquino só um adendo ao meu post lá de cima: Na questão de que Fallout 3 era acusado de não ser um rpg,eu acredito que isso teve uma certa relevancia na epoca em que o jogo estava em processo de produção,onde os previews mostravam apenas as partes de ação do jogo,e também as varias classificações do jogo como um fps. Mesmo que o jogo não seja totalmente um fps, a mudança de direção do jogo desagradou muito os old-timers pelo seu foco na ação.

Eder RM disse...

Essa história de "um jogo é para divertir", como salienta uma pessoa em um comentário, é o que mata os jogos. Nivela por baixo, simplifica o que não precisa, faz com que história/diálogos sejam simples demais.

Eu não jogo para me "divertir". Isso é muito pouco. Eu jogo para pensar. Para mergulhar em um universo de cabeça.

Enquanto visto como um jogo em si, acho FO3 bom. Enquanto visto como parte da série Fallout, vejo como uma falha total.

E não se trata de saudosismo. Ele é uma sequência, e uma sequência com um número depois do nome! E a única coisa que FO3 partilha com os anterios são os ghouls / mutantes. Temática, ambientação, narrativa... e muito mais, são defenestrados, em função de escolhas fáces que agradam a mídia e o jogador médio.

Em matéria de "RPG", o texto só perde para Oblivion no quesito de ser tão ruim.

Essa moda de "provar" a qualidade com números criados pelo senso comum de pessoas que mal sabem justificar suas opiniões, pra mim não conta para nada. Aliás, notas só servem para jogadores preguiçosos nem mesmo precisarem ler uma resenha...

E pelo amor de todos os santos, parem de pedir "comparações" entre FO3 e New Vegas. Por mais que usem a mesma engine e, por extensão, jogabilidade, o New Vegas respeita, entende e expande o que foram os FO 1 e 2. E mostra pro Todd Howard e cia como escrever diálogos que sejam, pelo menos, bons, e, ocasionalmente, fantásticos.

Anônimo disse...

o termo "old world blues" do mundo de fallout define bem as pessoas que não gostam do fallout 3 só por que ele não é igual aos outros fallouts.o termo diz:pessoas tão obcecadas com passado,não conseguem ver enxergar o presente,e muito menos o futuro pelo oque ele é.

Shadow Geisel disse...

Com o perdão do atraso de quatro anos, queria dizer que o texto resume bem não só o enredo do FO3, mas também a atmosfera de melancolia e abandono que permeiam este terceiro jogo mais que qualquer outro (atá mais que o New Vegas). É muito bom ver pessoas que reconhecem a real qualidade de uma obra, independente desta obrar suprir demanda ou não. Me assustei quando vi a quantidade de comentários. É material para uma tarde de leitura, no mínimo. A negatividade do Breno (que Shodan o tenha...) sempre rendia ótimas sessões de comentários.

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