Retina Desgastada
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17 de abril de 2012

Jogando: Borderlands (Parte 2) - Slave to the Grind

Borderlands está implorando para ser desinstalado. Seu inglório sistema de salvamento e seu infinito suprimento de inimigos me deram mais uma dor de cabeça...

Na segunda-feira, iniciei a missão na Sledge's House, um bunker subterrâneo repleto de bandidos assassinos sedentos de sangue. É o pior tipo de ambiente para um especialista em sniper, mas fui eu quem escolhi a classe, então, problema meu, não do jogo. Entretanto, após uma hora de avanço sofrido, matando quase 50 oponentes a duras penas, tive que sair da sessão para atender compromissos no mundo real. O mapa indicava que eu estava a alguns passos do meu objetivo, mas na prática, isso significaria mais dois combates que eu não tinha tempo para lutar. Saí do jogo. Ele salvou.

Ao retornar na noite da mesma segunda-feira e carregar o instrumento de tortura da Gearbox Software, descubro que estou de volta ao ponto inicial da Sledge's House. Veja o mapa:

Borderland---TrollandoExistem pontos de "salvamento" no meio do caminho. Passei por pelo menos dois, que eu me lembre. O ícone de "salvamento" apareceu na tela. Tive a inglória oportunidade de morrer e reaparecer no ponto de "salvamento" anterior. Logo, acreditei que ao retornar ao jogo eu estaria no mais adiantado dos checkpoints. Ledo engano. Assim como em Freedom Fighters, estes pontos só servem para salvar seu progresso durante a sessão. Desligou? Saiu? Você volta ao começo do nível e todo mundo, absolutamente todo mundo está vivo novamente. Mas, ao contrário de Freedom Fighters, uma missão destas não se completa em 15 minutos. A única forma de eu vencer Sledge's House é disponibilizar mais de uma hora contínua de dedicação ao jogo e alcançar o mítico final da missão (e talvez voltar tudo de novo, não tenho como saber ainda).

Pesquisando em fóruns na internet, percebi que muita gente aprecia o infinito respawn dos inimigos (até pelo infinito respawn de recompensas, leia-se loot). E, aparentemente, o respawn é generalizado, até para os chefes. Isso significa que assim que eu virei as costas o maluco do Nine Toes voltou à vida com suas três bolas e seus skags de estimação. Em outras palavras, Borderlands é um MMO single-player com a possibilidade de chamar uns amigos para matar gente que vai voltar mais rápido que Jesus Cristo. É possível ficar na mesma área para o resto da sua vida, ignorando missões e enredo, só matando o que reaparece e subindo de nível. Igualzinho a um MMO... o nome disso é grinding. Na minha opinião, é uma forma barata e artificial de esticar o tempo de duração do jogo e um excelente destruidor de qualquer credibilidade que aquele mundo poderia ter.

Eu preferiria que Borderlands registrasse melhor, em todos os sentidos, que eu passei por Pandora.

Ouvindo: Emilie Autumn - Thank God I`m Pretty

10 comentários:

Jimmy666 disse...

Existe coisa pior...no GTA 4 por exemplo nem os checkpoints prestam!

Marcus Gonzallez disse...

Lixo!

(Jimmy666 - GTA IV é top)

José Guilherme Wasner Machado disse...

Foi por essas e outras que larguei essa bomba para lá. Acho inaceitável que em pleno 2012 tenhamos que suportar jogos com savepoints. Ainda mais savepoints que não salvam de verdade. Talvez Borderlands seja bem legal para adolescentes e desempregados, que podem ficar jogando continuamente durante horas, mas quem tem uma vida para cuidar não tem como aguentar um sistema de salvamento como esse. Exceto se for masoquista.

Com tantos jogos legais esperando por aí, e com tão pouco tempo livre para experimentá-los, Borderlands tem mais é que ficar esquecido no HD.

Tiago disse...

Este jogo estava na minha lista e seria o próximo. Cheguei a jogar uma ou duas missões, acho que não deu tempo de perceber estes problemas.

Devo pular para o seguinte, que seria Bioshock 2.

Pablo disse...

Eu tb naum engoli essa. Larguei o jogo logo de cara. Achei esse joguinho bem desanimador. Ainda bem que o meu era versão sparrow.

Shadow Geisel disse...

nem quando eu tava desempregado não tive saco pro border. logo de cara, percebi que o jogo era meio genérico, empurrando munição e inimigos goela abaixo do jogador, só pra justificar o recurso de level up. esse sistema de save também é um desastre. sempre que tiram o direito de escolha do jogador dá em merca. dead island faz a mesmíssima coisa. triste.

Gyodai disse...

Sei lá... Acho que as pessoas pegam pesado demais com Borderlands. Tá, cansa. Eu já disse isso no outro post. Tá, tem um monte de problemas extremamente irritantes. E, com certeza, o esquema de save e respawn constante é meio imbecil. Mas tem gente que gosta de grinding. E Borderlands, Diablo e afins estimulam o grinding. Se você não gosta disso, vai achar o jogo uma merda. Mas dizer que é um lixo, sei lá... Acho exagero.

JC disse...

Concordo com o Gyo, o que acontece é que border não é um FPS comum, as mecânicas dele são pra quem curte coop tem bastante tempo livre e curte ficar matando infinitamente pra subir de nível. Tenho amigos que jogam ele direto desde o lançamento, sempre em grupo e acham extremamente divertido. Quanto a questão do checkpoints tem vários outros games com sistemas muito mais crueis. Até left 4 dead mesmo,apesar de ter uma mecânica bem mais casual, te obriga a avançar cada cenário com um save temporário apenas na safehouse, com respawn infinito de inimigos SEM ganho de exp...

Loris Milloni disse...

Cara em Borderlands os inimigos não tem resposta rápida, você consegue passar essa fase literalmente CORRENDO (sem atirar em ninguém etc CORRENDO mesmo) e chegar ao final do mapa tendo que só completar a missão, mas antes de chegar até a área circular aí, pare por perto do ponto que você chegou depois de 1h, tem muitas armas etc

iguuu'Poa disse...

Esse grinding também foi uma coisa que me desanimou um pouco, mas por alguma razão em senti uma empatia muito grande por Borderlands, e acabei gostando apesar dos (muitos) pesares.

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