Parece que desta vez vai. Finalmente, após uma quantidade absurda de tempo e humilhações, Duke Nukem Forever já está surgindo no horizonte. Eu só vou acreditar no dia em que o jogo estiver rodando em minha máquina: nem em demo, eu vou confiar. E, enquanto o próximo capítulo da saga do misógino e desbocado anti-herói não chega pra valer, por que não revisitar Duke Nukem 3D? Nos últimos doze anos, eu já tive a oportunidade de vencer o demo original (duas vezes) e completar o jogo todo em Alta-Resolução. Então, o que está faltando? Duke Nukem: Next Gen.
Duke Nukem: Next-Gen é um projeto que nasceu da mente de um indivíduo determinado, conseguiu a aprovação dos criadores da série, já conta com o apoio da Gearbox e uma equipe de mais de dez pessoas. Mas, de onde surgiu isto?
No começo deste ano, Frederik "Fresch" Schreiber estava envolvido em um projeto fadado ao fracasso: um remake de Daikatana, usando a Unreal Engine 3. Apesar da iniciativa ter o aval do próprio John Romero(!), criador do jogo original, Fresch logo percebeu que apenas duas pessoas no mundo gostavam de Daikatana: Romero e ele mesmo. Produzir um remake de um título odiado por todos, sem dinheiro no bolso não é pra qualquer um. Fresch tentou então recriar o jogo SiN usando a mesma tecnologia, mas esbarrou no imenso emaranhado jurídico sobre quem detém os direitos da obra. Até que recebeu um e-mail da MumboJumbo, proprietária atual da marca, que, ao invés de dar continuidade ao inacabado SiN:Episodes, achou que a melhor maneira de proteger sua propriedade intelectual era pedir para um fã abandonar seu trabalho. Mas Fresch mostrou que não desiste nunca e partiu para uma reinvenção de Duke Nukem 3D.
Como sempre, ele tentou buscar aprovação dos criadores do jogo. Recebeu a seguinte resposta de Scott Miller, um dos pais de Duke Nukem:
"Olá Fresch,
Este projeto pode ser realizável.
Você tem alguma tela que mostre para George e eu como ele pode ser quando estiver concluído?
Scott"
Falar é fácil, principalmente por que a esta altura do campeonato Scott Miller e George Broussard já não tinham mais o controle sobre a marca Duke Nukem. Ainda assim, Fresch enviou o material para eles e publicou algumas telas em um fórum oficial, já em fase de migração para a Gearbox Software. Scott e George gostaram do que viram, mas não podiam fazer muita coisa. Faltava convencer os verdadeiros novos donos da franquia.
Através de contatos no fórum, Fresch conseguiu alcançar o vice-presidente da Gearbox Software, responsável por salvar o que restou de Duke Nukem Forever e lançar para a Take Two. Em uma sensacional reviravolta, o desejo do fã foi atendido nesta quarta-feira, 13 de outubro! A Gearbox intermediou o contato com a Take Two e assegurou para Fresch uma licença oficial de uso não-comercial da marca Duke Nukem.
Com a concordância "espiritual" dos criadores, mas o apoio da atual desenvolvedora e a permissão dos donos, não faltava mais nada para Fresch. Ou faltava? Um remake de um jogo deste tamanho não é tarefa para um indivíduo sozinho, então Fresch arregimentou em tempo recorde uma equipe de voluntários. Mas ainda há vagas!
Duke Nukem: Next-Gen pretende ser uma total recriação dos três episódios originais de Duke Nukem 3D, incluindo suporte a multiplayer. E será distribuído inteiramente grátis, sem necessidade de adquirir nenhum outro jogo. Mostrando que aprendeu alguns truques de Miller e Broussard, Fresch promete que o jogo será lançado "quando estiver pronto", mas garante que versões de demonstração e alphas estarão disponíveis constantemente para que todos acompanhem o andamento do projeto.
Confira abaixo o primeiro vídeo de jogabilidade de Duke Nukem: Next-Gen, ainda em estágio de testes:
O perigo é ficar melhor que Duke Nukem Forever. Ou sair antes...
3 comentários:
Perigoso é sair antes mesmo, mas...
Antes tarde Duke Nukem.
aquino, quando começar a sair esse jogo pra down da uma informada
Aquino, toda a vez que você comenta sobre algum jogo por aqui, como por exemplo Blood, Deus EX ou Dead Space , que são os que lembro no momento, fico com vontade de jogá-los.Blood , que eu conhecia anteriormente, reiniciei e desisti;Deus Ex idem ; o único que fui até o fim foi Dead Space , por que não conhecia e realmente um é jogo muito bom ( mas infelizmente não fiquei tão entusiasmado quanto você , Aquino...)Duke Nukem é mais 1, o problema é o tempo escasso e a longa fila de jogos para começar...Stalker : Shadow of Chernobyl está me esperando...Cheguei á jogar o Duke Nukem 3D:Atomic Edition via rede com cabo coaxial e protocolo IPX ( é, sou das antigas) e ver esses graficos nesse clássico é muito bom.Vamos ver se na versão final eu me anime á jogá-lo novamente.
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