Retina Desgastada
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20 de dezembro de 2016

Jogando: Trine 2

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Em minha análise do primeiro Trine, escrevi que faltava no jogo, talvez, "uma história mais sólida, talvez uma maior variedade de inimigos e desafios, talvez mais elementos de RPG".  Essa continuação não traz mais elementos de RPG (na verdade remove alguns...), mas certamente apresenta uma maior variedade de inimigos, desafios e cenários uma história bem mais rica que a anterior. Em quase todos os sentidos, Trine 2 é uma grande evolução que não muda em nada a fórmula original mas acrescenta mais de tudo.

O que já era bonito antes, agora fica deslumbrante. julgava ser impossível ter gráficos mais belos do que os do primeiro jogo usando o mesmo motor gráfico, mas o diretor de arte se superou aqui e calou minha boca. A imaginação flui solta e o título nos coloca em uma grande quantidade de cenários diferentes, do deserto às regiões geladas, passando por cemitérios, florestas exuberantes e praias paradisíacas, além de um nível simplesmente repulsivo, como há muito não via em um jogo.

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Trine 2: Complete Story combina o jogo com o que eu chamaria de obrigatório DLC Goblin Menace. Hoje é praticamente impossível comprar os dois isolados e isso é ótimo. Trine 2 traz uma trama dramática e quase melancólica envolvendo duas poderosas irmãs e uma disputa de poder, mas Goblin Menace, ainda que com um enredo mais simples, apresenta os melhores níveis do jogo e um senso de guerra e urgência que não existe na trama principal, mais contemplativa em sua atmosfera.

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Eu posso estar enganado, mas os desafios estão menos insanos desta vez e exigem menos saltos milimetricamente (e frustrantemente) calculados. Ou isso ou eu aprendi a me adaptar melhor aos comandos e movimentos dos personagens. Em compensação, a variedade de inimigos exige rapidez de raciocínios e as batalhas são mais mortais. O problema da falta de um confronto final no título anterior é compensado aqui com duas lutas contra chefes, uma na aventura principal e outra na expansão, ambos os embates bastante satisfatórios e desafiadores sem excessos.

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Minha única reclamação para Trine 2 é o fim dos artefatos especiais que você encontrava pelo mapa e podiam conceder habilidades extras aos personagens. Eram um bom estímulo para procurar os baús pelos cenários, geralmente em lugares de difícil acesso. Desta vez, os baús escondem poemas, que ajudam a compor a imersão do jogo e, por isso mesmo, deveriam ser menos complexos de se obter.

Por outro lado, a árvore de habilidades dos personagens possui uma funcionalidade que deveria ser obrigatória na maioria dos RPGs: ela pode ser resetada a qualquer momento. Não ficou satisfeito com a forma como investiu seus pontos de evolução? Aquela habilidade não é o que você imaginava? Em Trine 2, você pode remover todos os pontos e aplicar tudo de novo da forma que quiser, no momento que quiser. Isso também acaba gerando situações em que você se adapta para uma determinada finalidade, como causar o máximo de dano possível a um chefe ou atravessar um abismo em segurança, apenas para voltar tudo ao "normal" logo em seguida.

A progressão da série Trine é tão palpável do primeiro jogo para Trine 2 e depois para Goblin Menace que me dói o coração ver a repercussão negativa que Trine 3 recebeu. Mas, mesmo que o final dessa saga não faça jus ao resto, a jornada até aqui mais do que compensou. Obrigado, Frozenbyte!

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Ouvindo: Nox Arcana - First Snow

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