Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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1 de abril de 2009

Crise nas Infinitas Telas!

Quando eu elaborei minha lista de desejos proibidos, mencionei Crysis como o teste supremo para meu próximo computador. Agora que Indigo já tem uma certa credibilidade, chegou a hora do teste definitivo. Lembrando que, com um processador Intel Core 2 Duo 2,53GHz, 2GB de RAM  e uma Placa de Vídeo com 512MB (GeForce 8400 GS – fraca, mas foi o que deu pra comprar...), o computador está muito próximo de ter a configuração recomendada para rodar o jogo.

No Mundo Ideal...

Crysis (como deveria ser...)

Crysis (como deveria ser...)

A Dura Realidade...

Recomendada? Usando a autodetecção de configurações da máquina dentro do menu do jogo, ele colocou todos as opções de vídeo em low, sem hesitar. E desativou o antialising. O resultado é sofrível! Ajustando tudo manualmente para Medium, continuou aquém do esperado. E o framerate começou a cair. Joguei um pouco, ajustei um pouco, joguei mais um pouco, ajustei de novo e nenhuma opção me satisfazia. Alterei a resolução da tela. Nada melhorava a aparência do jogo. Cadê a oitava maravilha do mundo? Será que só seria possível obter o deslumbre definitivo com um DirectX 10 rodando no Windows Vista? Não era o que eu tinha visto no internet... Vegetação tosca, objetos aparecendo subitamente no campo de visão, uma interface tão serrilhada que parecia ter sido traçada durante um terremoto, efeitos de tiro de seis anos atrás.

Crysis - em Low

rodando em low (clique para ampliar) – repare no serrilhado do HUD

Crysis - em Medium

rodando em medium (clique para ampliar) – some o serrilhado do HUD... assim como as nuvens, algumas cores da vegetação e os detalhes da arma!

Não dava para acreditar! Crysis estava instalado e atualizado até o patch 1.2.1, graças ao fantástico Gameshadow. O disco rígido foi desfragmentado após a instalação. Drivers da Nvidia atualizados. Som e monitor, idem. Windows XP atualizado! E, ainda assim o jogo não surpreendia.

A história de Crysis não sustenta o título. Eu já sabia disso: um imenso clichê de supersoldados americanos destroçando inimigos comuns até esbarrarem com forças que não pertencem a este mundo. Nada que já não tenhamos visto em Aliens ou Predator. Diálogos sofríveis, uma jogabilidade que te empurra por corredores no meio do mato (onde está a liberdade de ir e vir de Far Cry?), tiroteios imprecisos e um manto de invisibilidade que só dura dez segundos não são exatamente pontos de qualidade. Mas eu nunca esperei muita coisa de Crysis, confesso. Eu só queria os melhores gráficos da indústria dos jogos eletrônicos.

Teimoso, decidi mandar o framerate pro espaço. Coloquei todas as opções em High para ver o que acontecia. Não pretendia me mover, só ficar parado no mesmo lugar e olhar a floresta ao redor. O resultado foi assustador. Os contornos de todas folhas se mesclavam, as texturas ficaram foscas, o jogo ganhou um ar de sonho etílico. Impraticável.

Crysis - em High

rodando em high (clique para ampliar) – somem mais detalhes, a montanha ao fundo muda de cor e a vegetação lembra os velhos sprites de Duke Nukem 3D!

"Eu devo estar esquecendo alguma coisa", pensei. Procurei a ajuda de um guia de configurações na internet. Para tal, não existe lugar melhor que o TweakGuides. Para meu profundo desespero, o guia de ajustes de Crysis tinha 13 páginas. Treze páginas muito técnicas pro meu gosto. Eu não quero programar o jogo, eu só quero que ele fique bonito na minha máquina! Há configurações no jogo para um profissional ficar experimentando por mais tempo que alguém gastaria jogando! Eu até acredito que, em alguma daquelas combinações, exista a solução para os meus problemas. Mas não deveria ser assim, CryTek! Um jogador, com a máquina quase recomendada, não deveria passar por este sofrimento para usufruir do produto que adquiriu!

Minha paciência se esgotou com Crysis. Até mesmo o mal-afamado Gothic 3 rodou sem problemas técnicos por aqui e, por enquanto, continua como meu referencial máximo para gráficos.

Por enquanto, Crysis volta pra prateleira, para ser testado novamente em 2011, 2012, quando ele provavelmente já estará obsoleto.

Ouvindo: The Cruxshadows - Eye Of The Storm

2 comentários:

Rafael disse...

Bom com este texto infelizmente não posso concordar. Digo, não no sentido da sua frustração, mas ao minimizar a capacidade da obra (história, contexto, jogabilidade). Quando Crysis saiu em 2007 eu estava sem pc e lembro-me que não havia computador na época que o executasse satisfatóriamente.
Pensei: -Este é o teste final de qualquer máquina, rodando Crysis no "máximum" o pc estará pronto pra qualquer coisa.
E não me enganei, finalmente este ano consegui montar a máquina que tanto planejei (e ainda não é o sonho) e finalmente pude provar da nano-suit no máximo. E a esperiência me fez lembrar muito de Far-Cry, pois na época eu tb tinha montado um pc pra rodá-lo e quem lembra sabe que era "A" engine gráfica mais pesada e chata com hardware pra 2004. A experiência me fez lembrar de FC, não por suas paisagens ou jogabilidade, mas justamente pelo acerto técnico Hercúleo que foi necessário pra se conseguir jogar proveitosamente, só pra se ter uma idéia, as vgas da N-vidia tinham um driver diferente a cada modelo pra rodar o jogo. Consegui! E estou rodando ele no máximo com todos os filtros ligados e graficamente o jogo é soberbo, curto, porém divertido (joguei direto no Veteran pra almentar a diversão) a roupa é algo a parte, ela possibilita a você bancar o Rambo ou Sam Fisher do FPS.
Não podemos despresar o jogo por seu motor gráfico, ele tem conteúdo. Infelizmente o pessoal da Crytec não tem o mesmo domínio técnico dos caras da Epic Games, que conseguem fazer (sempre) uma engine "leve" e visualmente bonita (vide série UT e o mais recente portfólio da empresa Gears of War).
Abraço!

Felipe disse...

Aqui em casa eu jogo crysis no very high com um poquinho lag, mas num chega a ser chato . eu coloquei o windons 7 aqui q vem com directx 11 *-* dae deu pra joga no max, com xp só dava pra joga no medium
minha placa GTS 250 512MB

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