Pouca gente percebeu, mas alguma coisa de Half-Life teve seu terceiro capítulo lançado na semana passada.
O quadrinho digital Half-Life: A Place in the West atingiu sua terceira edição em 21 de Julho, mas ainda está bastante longe de sua conclusão, que deverá ser alcançada na publicação do décimo-terceiro capítulo planejado, possivelmente antes de Half-Life 3 ver a luz do dia.
A história não é produzida pela Valve, é um trabalho de fãs, mas é sancionada pela empresa e distribuída através do Steam. Ou seja, não é canônica, mas tampouco é um reles fanfic. A trama é ambientada no interior dos Estados Unidos, após a invasão da Combine, e segue a busca desesperada de um pai por sua filha raptada por desconhecidos. No caminho, ele irá esbarrar em uma jovem misteriosa e um Vortiguant, ambos, aparentemente, membros da Resistência.
A primeira edição, assim como a interface bastante similar aos jogos da franquia, está disponível de graça no Steam. Os demais capítulos, assim como uma trilha sonora separada, estão sendo vendidos como DLCs, com preços de R$3,66 por edição e R$4,29 na trilha.
O capítulo inicial não empolga, para ser honesto, nem em termos de arte, nem em termos de narrativa. Apesar do uso maroto de flashbacks para mudar a perspectiva sobre determinados personagens, os diálogos soam pouco naturais e um tanto expositivos demais.
Ainda assim, Half-Life: A Place in the West não apenas é o único "Half-Life" a chegar ao terceiro capítulo, como também é a única chance que temos no momento de revisitarmos a Terra devastada de Gordon Freeman e seus amigos e ainda oferecer uma perspectiva diferente da invasão. Em alguma dimensão paralela, esse fantástico universo já está em seu quarto jogo, existem quadrinhos mensais e uma bem-sucedida adaptação cinematográfica.
Aqui, só nos resta aguardar.
Um comentário:
Honestamente,fazer um Half Life 3 seria uma das piores ideias que a Valve poderia ter. Não só porque é humanamente atingir as expectativas alcançadas não importa o quão bom o jogo seja, como porque boa parte das mecanicas e narrativas que fazem Half-Life ser Half-Life estão bem datadas.
Um revamp pode funcionar com uma marca que não era mais tão relevante nos dias de hoje após usos ruins (como Doom), mas para um jogo que é perfeito na memória afetiva dos fãs? A Valve só tem a perder mexendo nisso
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