Minecraft foi reinstalado aqui no primeiro dia de férias e oficialmente removido da Área de Trabalho no último dia de férias. É um jogo que consome um tempo absurdo de pai e de filho, mesmo em nossa terceira investida no universo cubico da Mojang. Então, a regra é clara: começam as aulas, Minecraft hiberna.
O Retina Desgastada agradece, uma vez que agora outros jogos não precisarão mais disputar tempo com a criação de Notch (e perder).
Mas o que torna Minecraft tão viciante, ao ponto de mais de dois anos depois de começarmos nossas aventuras ainda assim precisarmos de regras para parar de jogar?
Serão as lendas e histórias que brotam espontaneamente de sua jogabilidade emergente? Será a imensa quantidade de mods que alteram tudo que é possível alterar? Será a placidez da vida simulada, com animais para cuidar e horta para plantar? Será a possibilidade de se erguer construções ímpares limitadas apenas pelo tempo disponível e pela criatividade? Será a chance de construir um laço de parceria entre pai e filho em um mundo mais fácil de ser moldado à nossa vontade?
Ou será tudo isso?
Minecraft é a tela em branco, onde o artista-jogador espalha sua tinta, dita seu curso. Por anos, o jogo nem mesmo tinha um objetivo a ser alcançado. Atualmente, você pode se dedicar a destruir o Ender Dragon (ou o Wither) ou ignorar essas metas artificiais completamente e seguir em frente. Acredito que Minecraft é aquilo que você traz para dentro do jogo. Ele é a caixa de areia. Você é o brinquedo.
Com isso em mente, nossa meta para essa terceira investida era algo vago como "construir uma fortaleza". Um horizonte que meu filho não perseguiu com tanto afinco, se deixando levar ao sabor das novidades, das mudanças de mundo e de novos e poderosos mods. Mas um objetivo que mantive em mente para não me perder. Minha mente adulta ainda carece de razões e anseia por algo a ser cumprido.
O resultado acabou sendo uma jornada de aventuras, mas também a mais bem-protegida fortaleza que minha obsessão permitiu (com a ajuda primorosa dos modders). Então, eu tinha novamente uma muralha em volta do meu reino. Mas, desta vez, protegida por torres de segurança automáticas do lado de fora e do lado de dentro. Além de cinco Herobrines fortemente armados patrulhando o interior, com a ajuda de um Golem de Ferro, um Golem de Obsidiana, vários cachorros, dois Semigolems (essa palavra existe?) de Ferro, três Enderminions e, ocasionalmente, até um Creeper Amarelo de suporte tático. Além da "Hulkbuster" indestrutível para casos de emergência. Nosso armamento era o mais poderoso obtido de todas as nossas investidas no jogo. Não temíamos mais a morte ou a noite.
Mas essa também foi uma temporada de explorações aladas com uma Wyvern domada. De Escorpiões de estimação, do cavalo esqueleto chamado "Sinistro", do alce "Alfredo", do "baúzito", de cavernas assombradas, de criar Chocobos para reprodução esperando aparecer uma animal especial, de apenas contemplar o entardecer e tantas outras historietas internas que poderiam encher um blog.
Esse mundo (o último para o qual trouxemos nossa Fortaleza dos Bichos) e seus personagens estão disponibilizados para download, para quem quiser dar uma olhada. O pacote de 158MB inclui todos os mods instalados, as configurações utilizadas e o mapa completo. Teoricamente, se você utilizar a versão 10.13.2.1291 do Forge, com o Minecraft 1.7.10, terá apenas que descompactar o RAR no seu diretório do jogo (faça um backup das suas coisas antes para não ter dor de cabeça). Se você nem sabe onde fica o diretório do Minecraft, talvez seja melhor deixar quieto...
Por enquanto, nos despedimos.
Contando os dias para as próximas férias.
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