Retina Desgastada
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18 de janeiro de 2015

Ainda Sobre Sang-Froid…

outsideHouseNight

Há muito tempo atrás, nos primórdios do blog, havia uma seção chamada Saqueando o Cadáver, onde eu realizava a macabra e trabalhosa tarefa de dissecar as entranhas de um jogo para aproveitar suas partes. Destas explorações, consegui vídeos, artes, sons e até músicas.

Sang-Froid: Tales of Werewolves é um destes jogos que merece uma autópsia. Além do mais, é um processo bem simples nesse caso: na pasta de instalação \Steam\SteamApps\common\Sang-Froid Tales of Werewolves\media você já encontra tudo o que precisa. Neste único diretório, os desenvolvedores jogaram os arquivos de som do jogo, os vídeos de cutscenes, os clipes de tutorial, a magnífica trilha sonora, as artes e a pia da cozinha, em formatos amigáveis para os colecionadores.

Tem até uma foto dos desenvolvedores, onde se pode ver que no Canadá todo mundo usa mesmo blusas quadriculadas de flanela.

team

Os arquivos de música são qualquer arquivo WAV com mais de 10Mb, não tem erro para descobrir quais são. Se você tiver interesse apenas na soturna faixa de abertura, o arquivo é intro_realbouche.wav. Mas recomendo também qualquer uma que comece com "combat" ou "mus", além da melancólica RichardForest.wav.

Outra Lua Cheia?

Embora não apareça de forma consistente no jogo, em alguns pontos fica entendido que este é o primeiro capítulo de uma história maior. Na verdade, Sang-Froid chegou a ter um subtítulo de "Capítulo I" em algum ponto de seu desenvolvimento e ainda é possível encontrar a menção em algumas artes. E o final deixa (aterradoras) pontas soltas.

O jogo foi lançado em Março de 2013, então, onde está a continuação? No mês seguinte ao lançamento, o time responsável estava bastante empolgado e revelou alguns detalhes que poderiam aparecer no chamado "Tomo II":

  • Mais detalhes sobre o passado da família O'Carroll;
  • Necessidade de se defender outras fazendas ao redor de Wolvesvale e, em algumas noites, até mesmo a própria cidade do ataque das criaturas da noite!
  • Novas armadilhas e VÁRIOS itens novos (ênfase do desenvolvedor);
  • A possibilidade de se treinar um cachorro caçador de lobos! Durante o dia, você instrui o cão para proteger uma área. Durante a noite, se você mudar de ideia, bastaria dar um assovio e o animal viria em seu auxílio;
  • Seria possível jogar a campanha em modo cooperativo com outro jogador!

Na minha opinião, todas excelentes ideias para um jogo que já era repleto delas.

Infelizmente, as chances de isso acontecer em breve são mínimas.

O motor gráfico utilizado para o jogo era o Virtools, uma ferramenta que o pessoal do Artifice Studio elogia e afirma que foi imprescindível para o desenvolvimento de Sang-Froid. Entretanto, é também um motor gráfico que foi abandonado e não terá mais atualizações.

Entre refazer tudo que o já tinham e portar para Unity e aprender os intrincados meandros de colocar um modo cooperativo para funcionar, a grande verdade é que o time tremeu na base. E preferiu desenvolver um outro título, sem a pressão de se fazer um sucessor de Sang-Froid e ao mesmo tempo se familiarizar com a nova plataforma gráfica.

Eles não descartam a possibilidade de uma continuação. Mas, por enquanto, irão concentrar seus esforços em algo totalmente novo: Conflicks. Não tem lobisomens, diabos ou lenhadores de blusa quadriculada.

É um jogo de navinha.

Um jogo de navinha que mistura Leonardo Da Vinci, Revolução Francesa, galinhas, steampunk e outras bizarrices.

Conflicks

Mais oposto, impossível.

Enquanto os canadenses viajam pelo espaço, eu aguardarei a lua completar seu ciclo e trazer de volta os irmãos O'Carroll. Afiando meu machado e de ouvido atento para os uivos da noite.

Ouvindo: Velvet Underground - Sunday Morning

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