Uma das minhas maiores diversões em The Stanley Parable: Ultra Deluxe era fotografar. Ainda que meu primeiro contato com o universo do jogo tenha acontecido em 2012, na época eu não tinha um conceito para explicar a estranheza passada por seus ambientes. Há algo de macabro e opressor em paisagens conhecidas pelo homem mas retomadas pelo mistério, enigmas que prometem quebrar as barreiras do cotidiano e nos mergulhar em um universo que se recusa a ser compreendido.
A perspectiva de que, a qualquer momento, aquilo que chamamos de "normalidade" pode deixar de existir, nos largando sozinhos e desamparados em um espaço carente de significados.
O nome disso é: espaços liminares. Eu não sabia lá em 2012. Agora eu sei, o que não ajudou em nada na sensação de descolamento da realidade pelos corredores de The Stanley Parable. Eu só podia rir de nervoso das situações nonsense. E continuar registrando minha viagem para os porões da insanidade.
Um comentário:
the end is never the end
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