Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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13 de setembro de 2020

Quarentena - Semana 26

Depois de seis meses nessa agonia, se torna quase evidente que se trata de uma luta perdida. A pandemia venceu, o Brasil perdeu, vida que segue.

Para evitar o pessimismo que deviria acompanhar uma constatação desse calibre, desta vez eu deixo aqui não uma nova reclamação mas uma página de esperança, um sinal de que, mesmo diante da adversidade, há outros respeitando a quarentena e ainda outros compartilhando o lado bom da Humanidade. Segue a bela arte de Pablito para um belo momento:

quarentena

A carnificina em Far Cry 5 está começando a enjoar, mas foi só isso que meu filho e eu jogamos a semana toda. Formamos uma dupla letal e já liberamos duas das três regiões do jogo. Dizem que é uma jogabilidade repetitiva e certamente há uma verdade nessa afirmação. Não é algo que sirva para ser experimentado todos os dias, então estou ansioso para alterná-lo com outros títulos.

O garoto pediu para reinstalar Rock of Ages 3, para completarmos a campanha que ficou inacabada e acredito que essa é uma excelente ideia. Além disso, Conan Exiles retorna em breve, agora que finalmente o jogo abaixou de preço e consegui comprar uma cópia para ele. A próxima semana promete ser bastante diversificada de momentos cooperativos.

Vi Trollhunter (2010) com meu filho e ele ficou impressionado. É um found footage que se leva muito a sério, tem efeitos especiais satisfatórios e uma mitologia muito bem explorada. O personagem do caçador dá uma palpabilidade impressionante ao "documentário". Ironicamente, o ator é um comediante famoso na Noruega, assim como boa parte do elenco mais velho.

trolls

Também vi Trolls com meu filho e eu não dava nada pela animação. É surpreendentemente divertidíssima e tocante em diversos momentos. Utiliza muito bem as músicas (algo que costuma me irritar em animações). A cena de "True Colors" é de arrepiar, porque amo essa música e ficou perfeita em cena. O irônico aqui é que esse é o último longa que vimos foi O Caçador de Trolls e duas obras não poderiam ser mais antagônicas...

Por último, como houve apenas um filme na semana passada, tivemos uma terceira sessão nessa. Vi Streets of Fire com meu filho. No meu caso, revi aquele que me marcou muito na adolescência. Devo ter visto umas cinco vezes, além de ter ouvido o vinil até furar. Trouxe boas lembranças, ainda é um grande filme com um bom elenco em começo de carreira. Walter Hill é um diretor extremamente competente e autoral que marcou os anos 80. Alguns aspectos do filme não envelheceram bem, como a postura macho alfa do protagonista. É um faroeste disfarçado que segue fantástico de se assistir e ouvir. Acho que um dos trunfos do filme é seu anacronismo. Embora a estética oitentista salte aos olhos, há uma homenagem ali aos anos 50 e 60 que formam uma mistura que pertence a "outra época, outro lugar", como diz a abertura.

Kamala Khan

Entretanto, se eu tivesse que apontar um destaque para a semana seria Marvel's Avengers. Com o peso de entregar uma análise de um título AAA para o Gamerview, boa parte do meu tempo de jogo e até meu tempo de trabalho foi dedicado a zerar a campanha e conhecer as missões paralelas e pós-final. Certamente valeu a pena.

Há uma espécie de má-vontade crônica contra o título na internet, em boa parte causada pela primeira impressão oferecida pelo beta. Existem falhas, certamente, no trabalho da Crystal Dynamics, mas o jogo não merecia uma reação tão negativa como vem acumulado.

Eu prevejo uma queda de preço nos próximos meses e, quando isso acontecer, recomendo Marvel's Avengers para todos os fãs dos personagens dos quadrinhos. Kamala Khan é uma preciosidade e rouba todas as cenas, vale dizer.

Pelo Gamerview, ainda estão em minhas mãos Star Renegades e Inertial Drift. O primeiro é uma mistura inesperada de Into the Breach com Othercide e pitadas de Darkest Dungeon. Não há nada muito original em Star Renegades, mas o jogo tem apelo, se você não liga para o grinding envolvido. De Inertial Drift eu adorei o tutorial, mas aprendi em uma partida rápida que treino é treino, jogo é jogo. Ainda assim, sua estética cativa e eu só preciso de mais tempo para dominá-lo.

Marvel's Avengers foi o título que, para o bem ou para o mal, me afastou de Warframe, quebrando o ciclo do vício. Já determinei para meu filho que o jogo da Digital Extremes finalmente vai sair da minha máquina em outubro, depois do evento de Halloween. Antes disso, minhas jornadas espaciais devem diminuir. Da parte dele, ele declarou que está se despedindo antes e nesse domingo deve acontecer o "bota-fora".

Warframe é um magnífico jogo ou não nos teria prendido por mais de quatrocentas horas cada, porém, há outros títulos, outras aventuras nos aguardando. Ironicamente, há mais super-habilidades, evolução divertida e sensação de poder no pequeno jogo "independente" do que no arrasa-quarteirão da Marvel.

Comecei o último capítulo de The Walking Dead: The Final Season. Cheguei naquela parte. Fechei o jogo e agora reluto em retornar. Foi uma péssima escolha de época para conhecer o destino da franquia. A despedida será terrível, mas deve acontecer em breve.

the-walking-dead

Ouvindo: Combichrist - At The End Of It All

Um comentário:

Michel Oliveira disse...

Eu já fiz quase 500 horas de Skyrim no passado. Mas nada ultrapassa o fato de que eu tenho mais de 700 horas em Elder Scrolls Online e mais de 1000 horas em Final Fantasy XIV. E nem quero saber do meu tempo de jogo no WoW...

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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