Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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10 de janeiro de 2018

Cracolândia

Recentemente, a OMS divulgou que pode incluir o vício em jogos eletrônicos em uma lista de transtornos mentais que necessitam de tratamento. Foi uma notícia que passou sem muito alarde pela imprensa especializada, já ciente de que existem pessoas para as quais os jogos podem funcionar como gatilhos de obsessões, de forma similar ao álcool ou ao sexo, para ficar nos vícios mais socialmente aceitos ou como a fissura por chocolate, nos casos mais amenos. O fato é que o ser humano de uma forma geral é facilmente "viciável", resta saber qual o produto ou substância que pode ativar esse comportamento e usar com moderação.

Mas, para a grande imprensa, foi a deixa para ligar o alarme. "Jogos viciam" foi o tema da vez, repetindo debates que já aconteceram dez, vinte, trinta anos atrás. Fui praticamente intimado a ver uma reportagem inteira no Jornal Nacional por conta "daquilo que você fica fazendo". Isso em uma emissora que possui um programa semanal sobre jogos (que desprezo, mas ainda assim...).

Tivessem os jogos eletrônicos esse poder viciante que tantos alegam, talvez estivéssemos salvos de ouvir asneiras como a do vídeo abaixo, de cinco anos atrás, de um dos maiores filósofos e ideólogos brasileiros (segundo seus adoradores):

Ouvindo: Looking Glass Studios - Combat Theme (UW2)

9 comentários:

disse...

Recomendo assistir o Globo Reporter sobre games, de 1991. Aquilo sim é o jornalismo de games em seu melhor hahaha

Marcos disse...

lembrou que fizeram um mod pro Wolfenstein chamado WolfOlavo

Thiago disse...

E esse é um dos maiores filósofos brasileiros. Agora imagine o "resto". Pra ele, jogos também não devem ser arte, não contam histórias, não ensinam lições, não questionam e colocam em debate costumes da sociedade moderna. Pra ele, os jogos são todos iguais Doom e Wolfenstein cheios de tiroteios e violência gratuita sem sentido. Porquê obviamente pra um filósofo como ele, jogos como esse não fazem sentido.

Como um cara desse consegue se intitular de "filósofo". Quem será o verdadeiro imbecil nessa história?

eu disse...

Eu ja li muito artigo do olavo, entre 99-2001,2002, mas cansei um pouco pq todos eles eram sobre comunistas comendo criancinhas, mas a gota d'agua mesmo foi quando ele quis mexer com todos os alicerces da ciência, além de defender astrologia, ele ainda acha q tudo gira em torno da terra, que teoria da relatividade é um engodo, e isso sem fazer um calculozinho de integral,

Marcos A. S. Almeida disse...

Uma das mentes mais brilhantes do Brasil se deixou influenciar por um jogo eletrônico? O possuidor de uma das mentes mais iluminadas do século passado viciou em um conjunto de pixels em movimento? Um reles joguinho de computador nos privou por horas a fio das ideias desse ícone do pensamento universal? Se bobear,em apenas alguns segundos de hipnose,essa mente privilegiada é rebaixada ao nível Neandertal ou mais baixo ainda: ao nível Olavo de Carvalho.

Fausto Albertoni disse...

É necessário levar em consideração os efeitos fisiológicos que podem ser desencadeados no organismo através da ação de jogar. Cada pessoa reage de forma diferente, sendo que uns apenas vêem os games como atividade recreativa, enquanto outras pessoas tem isso como obsessão a ponto de ter graves problemas profissionais, conjugais e etc (conheço vários sujeitos assim).

Que a grande mídia adora malhar um Judas, todo mundo sabe. Porém, noto que falta ponderação a comunidade jogadora que, em grande parte, demonstra desatenção e até negação as mazelas reais relacionadas a essa prática.

Marcos A. S. Almeida disse...

Fausto Albertoni você fez a ponderação correta,a de que os jogos podem desencadear diversas reações em ALGUMAS pessoas.O chamado "vício" pode aflorar em qualquer um por qualquer estímulo,seja com os jogos eletrônicos,seja com jogos de azar,seja com bolinha de gude.O que nós não gostamos - e acredito que você também - é a generalização e a demonização do comportamento diante dos jogos eletrônicos.Já que não existem estudos sérios a respeito do vício, apesar de eu não duvidar de sua existência,acho que o citado filósofo e alguns da mídia tradicional deveriam ser mais razoáveis em seu julgamento.Se o filósofo ficou mais burro por jogar é uma falha dele e não dos jogos.Seu cérebro privilegiado sucumbiu ao estímulos do Wolfenstein. Felizmente pra sua saúde mental ele conseguiu se livrar - apesar de sabermos que o fumo também prejudica o cérebro,esses com estudos comprovados.Portanto, no caso dele,não vai morrer com os efeitos dos jogos.

Raphael AirnMusic disse...

Vou evitar assistir o vídeo só por causa do Olavo, não dá pra levar a sério as opiniões dele.

Unknown disse...

Fausto Albertoni: Não há cura para o que não é doença!

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