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25 de novembro de 2017

Jogando: Fallout: New Vegas - Primeiras Impressões

Fallout: New Vegas

Chamar 23 horas de jogo de "primeiras impressões" pode parecer uma incongruência, mas quem conhece o escopo da franquia e o quão grande seus jogos podem ser sabe que ainda não estou na metade da jornada. Por outro lado, gostaria de ter sentado e escrito esse texto antes, uma vez que claramente são dois jogos diferentes entre as primeiras 10 horas e as 10 horas que se seguiram.

Inicialmente, New Vegas guarda muitas semelhanças com seu pai, Fallout 3: a mesma paisagem desolada, o mesmo motor gráfico, os mesmos perigos, as comunidades isoladas tentando sobreviver, a presença constante de saqueadores e ghouls. A despeito da origem diferente do protagonista, aqui movido pela vingança, uma mola propulsora inédita na série, pouca coisa muda no cenário ou no desenrolar de minhas andanças. Até então, New Vegas tinha cheiro de mod profissional, um derivado com pouca personalidade própria e um pendor talvez um pouco maior para a brutalidade.

Fallout: New Vegas

É preciso destacar que estou jogando no modo normal, não o de sobrevivência. Gerenciamento de alimentos e sede não é algo que me apetece e, para mim, os dois pilares de Fallout são seu universo e seu combate tático. A riqueza do combate ficou para trás depois do terceiro jogo, é algo com o qual me conformei, então sigo em frente pela história, seus habitantes e seus lugares. Tampouco me interessei pelas mecânicas de fabricação de itens e sigo no escambo para me manter equipado. Um sistema similar ao adotado em Dead Island seria magnífico, mas não é o que a Obsidian Games colocou em New Vegas, então apenas ignoro.

Quando a cidade que dá nome ao jogo finalmente aparece na minha frente, tudo muda.

Fallout: New Vegas

As últimas dez horas passaram como um borrão, um mergulho na alma sombria de uma América depauperada, sórdida, dividida e corrompida que insiste em viver de aparências, neon, promessas e sonhos. Tudo o que veio antes, por mais interessante que Novac fosse ou o sangrento massacre em uma certa cidadezinha, tudo o que veio antes era apenas um imenso tutorial para o jogo de verdade, um cenário de intrigas que brota no meio do deserto. Em dez horas fui ao fundo do poço do meu personagem, completei sua vingança e descobri que há muito mais na mesa do que imaginava e os dados estão rolando.

Nada é o que parecia ser e forças ainda mais sinistras se aproximam. Palmas para a Obsidian por colocar um enredo repleto de interrogações e que anuncia decisões complexas no futuro. Afeiçoei-me aos habitantes de Freeside de uma forma permanente e os protegerei da melhor forma possível.

Fallout: New Vegas

Ouvindo: Nirvana - Polly

10 comentários:

disse...

Nunca joguei o New Vegas, mas não poderia ter me decepcionado mais com o Fallout 3 e o 4. É um hibrido de FPS com RPG em que a parte do FPS é fraquíssima e a parte do RPG parece que criaram um gerador de quests em java, pq eu duvido muito que um ser humano escreveu aquilo e achou "é, tá supimpa!". Basicamente porque seres humanos não falam assim, mas o ponto não é esse.

Marcos disse...

NV é anos luz melhor do que FO3, e o fraquíssimo 4. Além de ter mais ligação com os jogos anteriores, foi feito por antigos membros da finada Black Isle. Tirando o combate desengonçado, é um ótimo rpg

Marcos A. S. Almeida disse...

Está rodando no Windows 10, Aquino? Minha experiência com o Fallout 3 não foi muito boa...Como o preço do New Vegas está ótimo e os elogios são quase unânimes,fico instigado a jogar.Mas preciso saber se roda no Windows 10. E sem gambiarras.

C2 toda vez que vejo seu nick eu lembro de um jogo chamado C12 do PS1, kkkkkkkkkk!

C. Aquino disse...

Marcos, estou rodando no Windows 10, sem gambiarras. Instalou, rodou! Depois, é claro, coloquei uns mods para melhorar os gráficos, mas o jogo roda tranquilo no Windows 10.

Luiz Antonio disse...

Fallout N.V. já é bem mais polido do que Fallout 3. Uma coisa que notei é que o uso do V.A.T.S. não ajuda tanto nos combates em NV quanto ajuda em Fallout 3 e Fallout 4, sendo praticamente dispensável.

Marcos te aconselho a esperar e pegar a versão Ultimate Edition em alguma promoção do GOG. Não faça como eu que comprei apenas o jogo base na Steam (tanto de NV quanto de Fallout 3 e Skyrim) com a ideia de comprar as DLCs em outra ocasião e, depois de esperar várias sales, descobri que o valor das DLCs (que juntas custam 5X o valor do jogo base) NUNCA tem um desconto maior do que 40%.... É a Bethesta usando a mesma malandragem dos fabricantes de impressora jato de tinta: Vende a impressora super barato para ter lucro com a venda dos cartuchos.

Só de "raiva" comprei Fallout 3 Game of the Year Edition quando foi lançado no GOG que, por sinal, não tem mais o Games for windows Live embutido, da pra salvar na nuvem e roda liso no windows 10. Abandonei o jogo base da Steam.

Edgar Menezes disse...

Jogão, um dos melhores Fallout que tem, deveria ter uma continuação pois a história é bem superior ao 4.

Takeshi disse...

Um dos meus RPGs favoritos, junto com o Fallout 3. Não é perfeito (mesmo com os fãs old-school da franquia defendendo com unhas e dentes), mas é horas de jogatina garantida. Ainda que em design seja bem fraco em relação ao FO3 e FO4 por causa do deserto, tem um pá de coisa pra fazer.

Marcos A. S. Almeida disse...

Obrigado Aquino e Luiz! A dica de comprar a Ultimate Edition é muito boa e como cliente do GOG sei que vez ou outra ele entra em promoção;Mas a verdade é que não sou um dos maiores fãs do gênero e se for jogar provavelmente não irei despender muito tempo nele.Portanto acho que no meu caso a melhor versão é a versão mais barata.A do Steam custa hoje, 4,99!

José Guilherme Wasner Machado disse...

Concordo totalmente.

Luan disse...

Ei, Aquino, dá uma conferida nesse vídeo fantástico: https://www.youtube.com/watch?v=FgC-KCGkMPM. O Noah, com toda sua desenvoltura de locutor de rádio, consegue traçar uma relação entre Fallout, viagem, percepção de espaço e realidade.

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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