Far Cry 2 não precisava carregar o nome do primeiro Far Cry para seguir em frente. Não apenas contém um cenário completamente diferente, como a própria tônica, o motor gráfico e a equipe de desenvolvimento não são os mesmos do jogo "anterior". Enquanto o primeiro é uma luta desesperada (até demais) pela vida em uma ilha tropical, aqui temos uma fatia da imensidão africana para explorar, com tempo para refletir sobre os horrores da guerra e apreciar o excelente trabalho de seus designers.
Uma das primeiras coisas que me chamou a atenção foi o elemento humano. É um título de entretenimento sem muitas pretensões, mas não ignora o sofrimento do povo, a brutalidade de um conflito em que nenhum dos lados está certo e todos querem se dar bem, até mesmo o protagonista. Esse meta-país imaginário é terra de ninguém, mas habitada por todos.
O tiroteio que irrompe de tempos em tempos acaba anestesiando, mas não me canso de registrar seus personagens, vítimas e algozes, como um jornalista acompanhando o trabalho cru de um mercenário. Não chega a ser um colírio visual como foi Metro 2033, mas dois anos separam esses jogos e a vontade de criar um mundo palpável e, por que não dizer, humano, é evidente nos dois títulos.
Descontando a violência, a África de Far Cry 2 pulsa com vida própria e chega a ser hospitaleira, com indivíduos que clamam por uma boa foto. Sigo minha jornada, disparando hora minha câmera virtual, hora minhas armas e lutando contra a malária.
Um comentário:
Joguei Far Cry 2 por um tempo, há uns sete anos. É um jogo muito bom, com design excelente e jogabilidade a contento. Adoro as mecânicas de dirigir e a caça aos diamantes.
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