Ganhei as versões Redux de Metro 2033 e Metro Last Light por uma imensa cortesia do camarada Fausto Albertoni, do Rabisco Virtual. Não tenho palavras para agradecer esse grande presente.
Entre as inúmeras qualidades do primeiro jogo, que serão analisadas tão logo eu conclua o enredo (e falta pouco agora), uma que me impressionou de imediato é a qualidade gráfica. Não apenas o poder da engine, façanha puramente matemática de seus engenheiros, mas também da forma como seus designers aproveitaram essa ferramenta para recriar o horror claustrofóbico do livro de Dmitry Glukhovsky.
Mas ainda mais impressionante é a forma como seus criadores retratam o elemento humano presente neste universo tão amargurado. Cada rosto, cada cidadão deste assentamento subterrâneo carrega em seus pixels o peso da dor e da escuridão do cotidiano, como poucas vezes vi em um jogo eletrônico. Talvez seja o excelente trabalho de luz e sombras do motor gráfico, talvez seja o esmero de seus criadores de modelo para capturar o espírito humano. Não há vale da estranheza aqui. Apenas sobreviventes e suas histórias, contidas em uma única expressão.
Foram duas jornadas neste jogo: a de Artyom para salvar sua estação e a minha ao seu lado, como um fotógrafo do excelente trabalho da 4A Games.
2 comentários:
Metro 2033 e o Last Light são excelentes, uma daquelas jóias que acabam escondidas numa geração saturadas de "FPSes".
Mas se por um lado os gráficos são muito bons, a expressão dos personagens é precária. Há muitos momentos que acabam perdendo o clima por que o personagem não consegue transmitir o que esta sentindo
Quanto ao gráfico da versão "Redux" eu não posso falar pois joguei tanto o 2033 quanto Last Light nas versões originais e no console.
Mas sobre a história e a imersão dos jogos eu achei fantásticas. Gostava de assistir e ouvir as conversas dos npcs nas estações durante os raros momentos de descanso no jogo. O estilo de narrativa do jogo é muito bom também, apesar de não ser inovador.
Eu lembro que quando li uma postagem tua (Os Donos da Zona) sobre S.T.A.L.K.E.R. até comentei sobre algumas semelhanças com Metro.
O tema holocausto nuclear (ou acidente no caso de S.T.A.L.K.E.R.) funcionou muito bem para jogos. Ao menos para o meu gosto.
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