Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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5 de maio de 2015

GTA e Eu - Parte 1

Grand-Theft-Auto-3-Wallpaper1

Existem fãs de GTA e existem fãs de GTA. Esses aqui, recriaram o segundo jogo no mundo real com perfeição (com vídeo).

O que me fez lembrar que meu primeiro contato com a franquia foi logo no começo, com o primeiro jogo. A demo veio embutido em algum CD-ROM de jornaleiro cujo nome já esqueci. Era limitado por tempo, era difícil de controlar, tinha gráficos que já eram datados para a época. Em suma, era bem chato. Quando eu finalmente conseguia chegar perto de um objetivo, o tempo esgotava, minha paciência também. Odiei GTA do fundo da alma e passei para outras demos.

Quando GTA 2 foi lançado, bati o olho nas telas e imediatamente identifiquei como exatamente o mesmo jogo, mas com gráficos ligeiramente superiores. Nem me dei ao trabalho de baixar. Se veio em algum CD-ROM daquela época, não instalei.

gta-2

Anos mais tarde, chegou aos meus ouvidos que GTA III estava sendo um sucesso avassalador nos consoles. Começava aí não apenas o sucesso da franquia mas também a estranha mania de atrasar para sair no computador. Mas no início, não dei bola. Na verdade, acho que nem me dignei a olhar as telas e permanecia incrédulo como o terceiro jogo da série poderia estar agradando. "Consolistas estúpidos", devo ter pensado.

Mas não adiantava tampar o Sol com a peneira. GTA III estava em toda parte, batendo recorde após recorde, gerando polêmicas. Obviamente, acabei vendo que não era mais em perspectiva top down, mas em terceira pessoa, com a cidade recriada em 3D. A curiosidade aguçou. "Será que é bom mesmo?".

Entenda que na época, eu era um pirata. Enquanto meu chefe comprava a versão para PlayStation dele no camelô e vinha me dizer que o jogo era muito bom mesmo, eu estava correndo atrás dele no Kazaa. Veio compactado até a alma, demorava um século para descomprimir as músicas e o som, mas funcionava. Testei para ver se funcionava, guardei para outra hora.

Como sempre, o tempo passou antes de eu conferir qual era o do jogo. Depois de ser salvo da polícia por mafiosos que queriam libertar o especialista em explosivos 8Ball, eu estava solto no mundo. Peguei um carro e tentei dirigir para onde a seta apontava no mapa.

GTA 3 - Hepburn Heights

Me perdi. E aquilo foi uma das experiências em um jogo mais revigorantes que tive na época: eu estava sem saber onde ir, porque eu podia ir para qualquer lugar. Literalmente, qualquer rua da cidade. E dirigir era uma delícia, com controles macios e simples. Liberty City transpirava verossimilhança e uma certa melancolia. Uma cidade suja, cinzenta, criminosa, mas viva, pulsante e aberta para mim. Era o sonho para um Explorador como eu.

Fechei o que  foi o verdadeiro primeiro jogo da franquia. O que tinha vindo antes era um balão de ensaio para as loucuras e as ambições da Rockstar Games. "Claude", como os jogadores apelidaram o protagonista, era mudo, mas não inteiramente desprovido de personalidade. Movido pela vingança, era traído mais de uma vez no enredo, dava a volta por cima e retornava com sangue no olho. Decorei aquelas ruas como as ruas do meu bairro, foi um mundo paralelo.

Apesar da liberdade oferecida, não gastei meu tempo com rampages ou zoeiras. Fui até o final da história e detonei Catalina, a traíra que havia colocado o protagonista na prisão. Foi uma jornada regada a Iron Maiden e Nine Inch Nails, com MP3s salvos na pasta do jogo para ter minha própria rádio. Terminando com a notícia no rádio do combate final, em tom dramático de reportagem, enquanto Claude se afastava lentamente do cenário para entrar para a História.

Mas o melhor ainda estava por vir...

Ouvindo: Rob Zombie - How To Make A Monster (Kitty's Purrrrformance Mix)

5 comentários:

Marcos A. S. Almeida disse...

Bem , o que eu vou falar não têm nada a ver com GTA: cliquei no link que você colocou no "explorador como eu" e me deparei com aquele post sobre o BRAINHEX.O primeiro espanto foi constatar que ele era de 2011!! O segundo espanto eu tive quando resolvi fazer novamente o teste BrainHex e obtive o seguinte resultado:

Socialiser: 17
Conqueror: 14
Mastermind: 9
Seeker: 8
Achiever: 5
Daredevil: 1
Survivor: -3

Ou seja , mudou o tipo de jogador que eu sou.Portanto, com o passar dos anos e dos costumes (e dos jogos , claro) a nossa preferência muda.O crescimento do Socialiser é apenas uma evidência do que há muito eu constatei: o multiplayer on line é algo que me arrebatou e têm tomada bastante o meu tempo.
Recomendo ao novos leitores ( e também os antigos) acessarem esse link e fazerem o teste => http://survey.ihobo.com/BrainHex/

Luiz Antônio disse...

Até hoje quando vc quer explicar o conceito de sandbox para alguém basta dizer que é um mundo aberto estilo GTA. Pronto. Se a pessoa viveu nesse planeta nos últimos 15 anos ela já sabe do que se trata.

Honestamente eu não sei se a Rockstar criou o genero open world mas, mesmo que eles não sejam os criadores, eu tenho certeza que eles catapultaram esse conceito para uma popularidade estratosférica que até hoje ainda está longe de ser alcançada por outros jogos.

Pode existir quem não goste de GTA mas é impossível existir alguém que jogue jogos eletrônicos (no PC e/ou no console) que não conheça GTA.

Para mim, a franquia sempre foi um mundo paralelo com personagens divertidos (alguns memoráveis) e uma jogabilidade divertida e (muito) viciante. É impossível ficar entediado quando se está correndo num carro, atropelando pessoas, fugindo da polícia e com o som do carro a todo volume, mesmo que não se esteja fazendo missão nenhuma.

Em GTA não existem herois com a missão de salvar o mundo, tramas mirabolantes e tal. Aliás, em GTA não existem mocinhos politicamente corretos e éticos com nobres objetivos. Os personagens de GTA são frutos do meio onde vivem, nem good guys e nem bad guys. Talvez por isso eu ache os enredos da franquia GTA um dos mais verossímeis dentro do universo de games. É impossível não se identificar com algum personagem de GTA do mesmo jeito que é impossível não conhecer alguém semelhante a algum personagem de GTA.

GTA merece estar no patamar que está e não é por acaso e nem por mero acidente de percurso.

Shadow Geisel disse...

Eu nunca fui um fã fervoroso da franquia. O primeiro contato foi com GTA2, ainda no PSone. Não cheguei a jogar muito, muito por causa da perspectiva da câmera, apenas alguns minutos na casa de amigos. Passei batido pelo 3, que pulou para a próxima geração (o PS2, console que eu ainda não possuía) e fui envolvido pelo GTA San Andreas. Envolvido pelo fato de que nunca cheguei a terminar nem a missão tutorial da bicicleta (eu largava a magrela, roubava um carro e ia sentir a brisa praieira ao som de Depeche Mode e Michael Jackson) mas assisti a praticamente todo o jogo em "terceira pessoa", através das jogadas dos meus irmãos. GTA 4 deu uma retrocedida no escopo das possibilidades abertas com o jogo anterior mas mesmo assim foi um sucesso estrondoso. E, mesmo sendo o menos bom da série, foi o primeiro GTA em que pude ver, em primeira pessoa, o rolar das letrinhas no final. A mecânica de celular e internet desse título funcionaram muito bem, mesmo deixando aquela certeza de "isso é apenas uma esboço. Quero ver o que a Rockstar vai fazer de verdade no próximo jogo". Bem, esse "vai fazer de verdade" eu ainda não vi. Ia comprar o GTA 5 para PS3 mas vi que a versão dos novos consoles diferiam tanto que podia ser considerada um outro jogo. Um ano depois de seu lançamento, GTA5 para consoles continua sendo vendido a preço de lançamento. Adoráveis varejistas brasileiros que etiquetam um infame (mas maravilhoso) fallout new vegas a R$70,00 mas não largam o osso dos jogos mais famosos (o GTA5 não sai por menos de R$130,00 nos consoles atuais). Espero que esse novo jogo esteja à altura do SA nos quesitos música e coisas a se fazer (leia-se: poder engordar ou ficar saradão; dirigir carrinho de controle remoto; comprar diversas residências; nadar...).

Douglas disse...

Muito interessante o teste. Quando vi que era em inglês torci o nariz, mas para isso existe o google tradutor. Em poucos minutos o teste foi feito.O resultado foi:

Você gosta de descobrir coisas estranhas e maravilhosas ou encontrar coisas familiares , bem como derrotar os inimigos incrivelmente difíceis , lutando até que você , eventualmente, conseguir a vitória , e bater os outros jogadores.

» No Pressure : Você não gosta de ser convidado a trabalhar sob pressão , preferindo tomar o seu tempo para que você possa tomar a decisão certa .
» No Mercy : Você raramente se preocupam com ferir os sentimentos dos outros jogadores - misericórdia é para os fracos !


Investigador : 18
Conquistador : 7
Mastermind : 5
Survivor: 4
Empreendedor : 4
Daredevil : 0
Socialiser : -6

O resultado socialiser foi negativo pois nao jogo com amigos ou on line. somente alone.

Anônimo disse...

Eita Aquino, algo rolou com a postagem sobre a chave do Witcher 3?

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