Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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25 de janeiro de 2015

A Profecia Mecânica do Espaço

Indigo Prophecy HD

Já se passaram dez anos desde que David Cage cometeu Indigo Prophecy, o ponto de virada de sua carreira. Seus títulos seguintes não saíram para PC e não conquistaram boas críticas. Graças a um vazamento da Amazon, agora é notícia que o adventure vai receber uma nova versão remasterizada já nessa terça-feira.

Com direito a contador "misterioso", Fahrenheit: Indigo Prophecy será relançado com gráficos de alta definição (com a opção de alternar para os gráficos antigos com um botão), suporte a controles e nenhuma alteração de conteúdo.

Na verdade, se você tinha a versão americana do jogo, ela era censurada em algumas partes que eram tão picantes quanto novela das nove e podiam ofender os valores morais ianques. A versão remasterizada não traz censura, nem corte e será vendida nos Estados Unidos assim mesmo. Não tente entender.

Indigo Prophecy HD 02

Infelizmente, um dos maiores problemas do jogo, o seu último terço, onde a trama mergulha no buraco do coelho e joga pro alto todo e qualquer sentido, não foi modificado. Reza a lenda que o tempo e o orçamento estouraram e David Cage não teve como elaborar melhor a transição da história. Dez anos depois e vai continuar assim mesmo.

Não há nenhuma indicação se o relançamento irá para outras plataformas, como é costume nesta next-gen. Por enquanto, apenas PC e Mac (com Steam obrigatório) estão confirmados para Fahrenheit: Indigo Prophecy Remastered.

De Volta ao Subterrâneo

Sem segredos ou vazamentos, mas bem mais discreto é o retorno de Unmechanical, a charmosa (mas meio sombria) aventura de um robô perdido nas entranhas de um estranho mundo. O título da Grip Games vai ganhar uma edição estendida para Xbox One (30 de Janeiro) e PlayStation 4 e PlayStation 3 (10 de Fevereiro).

Unmechanical

Esta nova versão conterá um nível novo, uma nova história e novos desafios, mas não será lançada no PC, a plataforma onde nasceu. O que é uma pena, já que o final original deixava algumas perguntas que eu gostaria de ver respondidas...

De Volta ao Espaço

No curto intervalo de tempo em que escrevia essa postagem, um terceiro relançamento chegou ao meu conhecimento: Homeworld.

Homeworld Remastered

O clássico jogo de estratégia espacial renasce com uma edição remasterizada com suporte a resoluções HD e até 4K, novas texturas, áudio remixado, cutscenes recriadas em alta fidelidade e suporte a mods. Se, ainda assim, você não curtir o trabalho de recriação, as versões originais de Homeworld 1 e 2 estarão disponíveis de graça no mesmo pacote para quem comprar a nova edição.

Homeworld Remastered 4K

Clique para ampliar e ver o poder do 4K

Quando a Gearbox Software adquiriu a licença no passado, eu temi uma possível exploração barata da marca por parte de uma desenvolvedora que já cometeu muitos erros em seu currículo. Desta vez, a empresa não apenas parece ter feito a coisa certa, como ainda irá oferecer a opção de se jogar os originais. É um raro exemplo de respeito aos consumidores.

Confesso que nunca joguei a franquia. Mas reconheço a paixão que ela move entre aqueles que experimentaram. Com este relançamento, as portas do espaço podem se abrir para mim e poderei compensar algum dia essa falha em minha Biblioteca.

Ouvindo: Rob Zombie - Jingle Bells (North Pole Remix)

4 comentários:

Susej Menegroth disse...

Minha reação ao saber sobre Homeworld: https://www.youtube.com/watch?v=6z8WUPTLka4

Homeworld foi o jogo que me mostrou que jogos também poderiam contar histórias, lá pelos idos de 2000~2001. E histórias boas, adultas. Bem diferentes dos platformers engraçadinhos que estava acostumado do SNES e Mega-Drive.

Lembro que comprei uma PCGamer, numa banca de revistas, quando isso ainda existia fora de aeroportos, que veio com o demo. Logo depois, baixei uma versão completa bucaneira no pré-histórico Kazaa. Foi também o primeiro RTS no qual botei as patas, então foi uma experiência frustrante até entender o estilo.

Mas o jogo já havia me pescado já segunda missão,que não vou spoilar agora com o lançamento desta nova versão. E com todas as dificuldades de um jogador de RTS novato, guiei meu povo, como um Moisés espacial, por incontáveis desafios até o centro da galáxia. Até Hiigara. Até nossa casa.
E a trilha sonora é um espetáculo à parte.

Homeworld, o primeiro jogo da série, é uma experiência que recomendo a todos. Coloque um headphone, recoste na cadeira, e se deixe levar pela história e gameplay.

Shadow Geisel disse...

Indigo Prophecy, sempre quis jogar esse jogo. bom que saia em HD, mas confesso que ficaria mais entusiasmado com o anúncio de um System Shock (1 e 2) em HD.

Marcos A. S. Almeida disse...

Os tempos mudam Aquino, e os costumes também.Foi proibido naquela época mas hoje as mentes estão mais abertas , sobretudo no que diz respeito ao jogos.Quanto a mudança do final - ou como se chega á ele - eu acho que deve ser mantido na forma original, até pra que os novos jogadores tenham a mesma impressão , ou não , sobre o jogo.Numa releitura acho que seria interessante uma mudança mas é apenas uma remasterização.

Anônimo disse...

Minha primeira tentativa de zerar Fahrenheit (título europeu com nudez) ou Indigo Prophecy (título americano e canadense sem nudez) foi no Xbox classic (com a versão americana), quando chegou na parte da igreja (Capítulo 25 - Fallen Angels in Saint Paul's Church) em que tem que acertar a combinação certa de botões e na hora exata para fugir dos ataques aéreos eu simplesmente empaquei, desisti... Tempos depois fiz nova tentativa no Playstation 2 e... empaquei de novo na mesma "cena"... passados alguns anos, tentei pela última vez no PC com a versão europeia e com direito a legendas em PT-BR e... Fail again... Na mesma maldita "cena", o pior ainda foi assistir o meu filho passar tranquilamente e ainda me perguntar qual a dificuldade que eu tinha encontrado naquela parte do jogo. Me recusei a seguir adiante usando a ajuda dele (era demais para o meu orgulho de gamer). Meu filho zerou o jogo, adorou e está proibido até hoje de me contar o final. Essa experiência só serviu para aumentar a aversão que eu tenho por jogos que desprezam a possibilidade de "upar" o personagem e/ou de resolver puzzles e dependam exclusivamente (ou tenham fases) da coordenação motora do gamer com o controle ou teclado. Aversão que só se compara por jogos que insistem em colocar tempo limite em todas as fases (ou quests) e/ou que o stealth seja obrigatório (não permita tocar o f***-se).

Eu gosto de jogos que tenham uma boa história mas que me deixem jogar no "meu tempo"(e do meu jeito), jogos que não fiquem me apressando, jogos que permitam que eu ande pelo cenário sem pressa, que eu possa parar para ver um quadro na parede enquanto escuto a trilha sonora, etc... Talvez por isso eu seja tão apaixonado pela franquia Bioshock (especialmente o primeiro) e pelos Fallouts 3 e New Vegas (especialmente o 3).

Quem sabe nessa nova versão eu consiga finalmente zerar esse jogo com as minhas próprias mãos.

Quanto aos outros dois jogos eu nunca ouvi falar.

Abçs.

Luiz

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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