Por obra do azar, Dungeonland não apenas é o primeiro jogo nacional a passar em minhas mãos como também foi um presente do leitor Estacado. Logo de cara, ao revelar que não gostei dele estarei automaticamente classificado como antipatriota e mal-agradecido. Não é um bom começo.
O que de certa forma me livra desse peso é que Dungeonland não é um jogo que eu possa dizer que é ruim. Apenas não é o que eu imaginava e muito menos o que eu costumo jogar normalmente.
Lançado pela Critical Studio em 2013, Dungeonland sufoca de imediato qualquer preconceito que alguém possa ter com a indústria de jogos brasileira. Criado na Unity 3D, é um dos mais polidos títulos que já experimentei no motor gráfico preferido de 9 em 10 indies. Roda macio e tem uma direção de arte exemplar. Dói dizer isso, mas, se ninguém te contar que é um jogo feito no Brasil, você jamais perceberia, então, guarde suas ideias prévias de saci, tosqueira, huehuebrbr e jogo de 8-bits "porque o dinheiro faltou". Dungeonland é produto de qualidade.
Se tecnicamente o jogo não falha em momento algum, seu principal destaque mesmo está no criativo universo que inventou para si: parques temáticos monstruosos habitados por criaturas típicas de jogos de fantasia e que precisam ser exterminadas por aventureiros clássicos. A combinação humor + fofura + carnificina já o destaca na cena, se tornando uma versão light, muito light, de Diablo, inclusive na jogabilidade.
Na minha equivocada concepção, Dungeonland teria uma pegada meio Dungeon Keeper, meio Tycoon, onde você administraria seus parques grotescos e cuidaria de visitantes indesejados, também conhecidos como "heróis". Ledo engano. Há até um modo onde você assume o papel de "mestre de jogo" contra seus amigos, mas o foco aqui é mata-mata cooperativo (com bots ou outros jogadores) sem nenhum traço de gerenciamento de recursos. Mea maxima culpa.
Desculpe, sociedade
Basicamente, três personagens vagam pelos cenários, matando monstros e coletando moedas. E é isso Dungeonland em toda sua simplicidade.
Após quatro ou cinco partidas, despedi-me em busca de águas mais turbulentas e atrações mais consistentes.
2014 Avança
No último mês do ano, é óbvio que a lista irá se prolongar por 2015. De nove jogos já experimentados, cinco foram rejeitados e um adiado, provando que a maldição no blog ainda está forte... que os lobisomens de Sang-Froid rompam este ciclo!
OutcastThe Walking DeadPaper SorcererNecrovisionZeno ClashGRIDDungeonlandRace the Sun- Sang-Froid
- Foreign Legion
- Hotline Miami
- STALKER Call of Pripyat
- The Bridge
- Brothers
- Papo & Yo
- The Witcher
4 comentários:
O problema de Dungeonland, ao meu ver, é a falta de jogadores no online - pois é só no online que a coisa fica legal mesmo - e a repetição enorme do jogo depois de um tempo. Não sei se você jogou muito o online, sendo o vilão - é a melhor coisa do jogo ser o vilão e ir colocando as armadilhas para os heróis, mas claro, funciona bem melhor se os heróis forem controlados por outros jogadores. Acho que foi uma boa ideia todo o conceito dele, mas meio que abandonaram deixando quatro ou cinco jogadores vagando no mundo.
Joguei umas horas e achei bem divertido, mas só multiplayer mesmo, jogar sozinho eu achei chato,
Gostei dos personagens terem armas diferentes mudando um pouco seu modo de jogar, alem de roupas e armas cosméticas com referencias a outros jogos. Ele me pareceu um jogo para ser jogado em multi mesmo igual KF.
QUAIS SÃO AS "CAPAS" DO SEU BLOG???
Pior do que ser mal agradecido pelo jogo que o cara te deu é que agora que a Critical Studios faliu o jogo é free to play, ou seja: uma cópia COMPRADA desse jogo é um artigo raríssimo que nunca mais vai existir.
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