O Steam marca três horas jogadas de The Witcher. Este fato isolado não significa muita coisa, mesmo que eu explique que foram duas sessões de jogatina. A cifra só passa a fazer sentido quando eu acrescento que foram duas sessões, três horas, espalhadas em quase dois meses. A última vez que vesti a pele de Geralt foi em 30 de Agosto.
Apesar de todo meu apreço pelos contos originais de Andrzej Sapkowski e de ter esperado quase cinco anos para finalmente jogar a versão tão arduamente produzida pela CD Projekt, me vejo em uma complicada posição onde tenho que admitir que a alquimia não se concretizou. Nesse momento de minha vida, The Witcher não é o jogo para mim.
Enquanto perfuro com flechas dezenas, centenas de zumbis na terra devastada de Orr em Guild Wars 2, eu penso com meus botões: "é isso o que eu quero agora". Quinze minutos separam o login no MMORPG da ArenaNet de algum momento épico onde meu herói parece fazer a diferença em um universo de alta fantasia onde dragões do tamanho de montanhas comandam frotas de navios-esqueleto que arremessam baleias podres em direção aos seus inimigos.
Enquanto isso, Geralt atravessa uma região castigada pela peste, pela ignorância, pelo preconceito e onde nem todos os monstros tem aparência deformada.
The Witcher é um título que demanda (e provavelmente merece) dedicação, não somente para mergulhar em sua atmosfera de perpétuo desalento, mas também para compreender a grande quantidade de regras que traz. Talvez movida pela inexperiência, a CD Projekt complica muitas mecânicas que poderiam ser simples, com três formas de ataques, contra-ataques sincronizados, poções, diferentes armas e muito mais.
De certa forma, sinto-me de volta transportado para meus primeiros passos em Gothic, obra-prima da Piranha Bytes que também tentava reinventar a roda em vários momentos. Naquela época, com mais tempo, paciência e boa vontade disponíveis, a curva de aprendizado foi atravessada para resultados inesquecíveis.
Agora, sinto-me frustrado.
Então, pela primeira vez desde a criação do blog (embora não seja a primeira vez em minha vida), eu adio um jogo para outro momento. Não se trata de um "(não) Jogando", uma sentença de morte definitiva para a obra. Mas um "vamos dar um tempo, o problema não é você, sou eu".
Há ventos de mudança em meu horizonte, que certamente permitirão que eu restaure o controle do tempo em minhas agora parcas 24 horas diárias, assim como minha paciência e, consequentemente, minha boa vontade.
Pelas recomendações, pela história da desenvolvedora, pelo talento de Sapkowski, pelo mundo de Geralt, a luta irá continuar. Mas será em um amanhã.
2014 Avança
Sendo assim, The Witcher é o terceiro título seguido não terminado de minha lista de 2014, precedido por Zeno Clash e Necrovision. Uma tendência, um reflexo de meus dias? Guild Wars 2 (em breve análise final) e Minecraft parecem dizer que não.
(e embora a lista abaixo indique GRID como a próxima aventura, cometerei uma pequena trapaça e colocarei a Season 2 de The Walking Dead na frente, enquanto os eventos da Season One ainda estão vívidos)
OutcastThe Walking DeadPaper SorcererNecrovisionZeno Clash- GRID
- Dungeonland
Race the Sun- Sang-Froid
- Foreign Legion
- Hotline Miami
- STALKER Call of Pripyat
- The Bridge
- Brothers
- Papo & Yo
- The Witcher
2 comentários:
Estou tbem no inicio do bruxeiro, joguei pouca coisa mais do que voce mas vou persistir. Ainda quero terminar este e iniciar e terminar o 2, preparando pro 3 que vem em 2015 e parece maravilhoso.
Tambem fiquei um pouco frustrado pelo estranho tipo das regras de combate, mas estou imaginando que depois de pelo menos 10 hrs de jogo elas devem ficar no automatico pra facilitar as demais 30 hrs =)
Heheh, também dei uma pausa no Witcher... Joguei cerca de 11 horas, que foram muito agradáveis. Mas quando cheguei na segunda cidade, onde abre-se um leque de dezenas de mini quests e possibilidades confesso que arreguei. Fui jogar outra coisa mais casual. Quanto a sua lista... Para STALKER CALL OF PRIPYAT é uma boa hora. Se quiser comprar o original está em promo na BundleStars.
Depois que terminar ele uma vez (se você for direto aos pontos não demora-se tanto), Recomendo o fabuloso MISERY MOD (apenas de alguns tweaks na dificuldade) e garanto que você terá a melhor experiência de jogo que um FPS survival pode te oferecer.
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