Independência ou Morte!

Não é todo dia que eu recebo um press-release. Para quem não sabe como funciona os meandros do jornalismo, o press-release é um texto redigido por alguém que tem muito interesse que determinada informação seja repassada e então encaminha esse texto para os veículos de imprensa, na esperança de uma publicação no atarefado mercado midiático. Consequentemente, é um texto floreado, que pode dourar a pílula ou conter fatos que não interessam a ninguém exceto o autor do release, sua mãe e seus dois gatos.

Não é o caso aqui. Por que não é todo dia que eu recebo um press-release de interesse para o blog.

Na quarta-feira, dia 7, inaugurou a primeira loja virtual de jogos dedicada integralmente para o mercado independente nacional. Sim, existe uma produção nacional grande o suficiente para já conseguir encher uma loja.

A SplitPlay já estreou com mais de 20 jogos, com preços camaradas que ficam entre R$2,00 e R$49,00(!). Entre os destaques temos o charmoso Mr. Bree, Chroma Squad, Dreaming Sarah e Cangaço, um dos raros jogos com título em português. Assim como o nome da própria loja, é óbvio o interesse no mercado externo, uma vez que, se a produção brasileira amadureceu, o mesmo não se pode dizer do mercado nacional, que ainda olha com desdém para títulos produzidos aqui.

Segundo o CEO da plataforma, Rodrigo Coelho, "hoje em dia somos o quarto maior mercado de games do mundo e não há motivo algum para que nossa produção interna não venda mais por aqui, as pessoas só precisam conhecer os jogos".

A SplitPlay aceita depósito em conta, boleto bancário e cartão de crédito nacional. Uma das metas é expandir para a América Latina: "Já fizemos contato com cerca de 300 sites em espanhol, de 5 países diferentes e eles também demonstraram interesse em relação ao SplitPlay", comentou Rodrigo.

Para quem quiser saber mais sobre a nova loja, eles gravaram um Twitch na quarta-feira com duas horas de duração, respondendo perguntas e mostrando a que vieram.

Se você achou vinte e poucos jogos um número pequeno, vale dizer que ainda há uma boa quantidade de títulos independentes brasileiros que não fazem parte do acervo da loja, como Oniken, Dungeonland ou Qasir Al-Wasat, só para citar alguns que, inclusive, já estão no Steam.

A produção está aí. Que venham os compradores.

Ouvindo: Alice in Videoland - Who's That Boy?