Há muito tempo atrás, existia uma empresa chamada 3D Realms, que desenvolveu e produziu o clássico Duke Nukem 3D. E prometeu entregar Prey e Duke Nukem Forever antes do apocalipse Maia, mas não cumpriu, virou motivo de piada e nunca mais se levantou das cinzas.
O tempo passou e surgiu um certo Frederik Schreiber, grande fã de Duke Nukem que um dia sonhou em recriar o terceiro título de graça para a nova geração. Seu projeto foi apadrinhado pelos criadores da franquia.
Por falta de grana e/ou competência, o projeto de Duke Nukem Forever caiu nas mãos da Take Two, que passou o contrato para a Gearbox Software terminar.
Os caminhos da 3D Realms, Schreiber e Gearbox Software se cruzaram, deu confusão e não há juiz que pareça dar jeito.
A Gearbox Software chamou Schreiber para terminar seu projeto debaixo do seu teto. E, de acordo com o desenvolvedor, deu-lhe uma bela facada pelas costas. Enquanto isso, a 3D Realms entrou na Justiça para reclamar que perdeu a franquia e alegando que não foi devidamente paga pelas vendas de Duke Nukem Forever.
Confuso? Piora.
Schreiber saiu debaixo da tutela da Gearbox dizendo poucas e boas, fundou a Interceptor junto com todos os desenvolvedores que estavam trabalhando com ele, usou a experiência que teve em adaptar Duke Nukem 3D para fazer o remake de Rise of the Triad. Coincidência ou não, Rise of the Triad é outra marca de propriedade da 3D Realms.
Logo em seguida, a Interceptor virou a mesa e comprou a 3D Realms.
Ousado? Piora.
A Interceptor anunciou um novo jogo de Duke Nukem chamado de Duke Nukem: Mass Destruction. Se você nunca ouviu falar, é porque o anúncio foi meio feito com pistas espalhadas, meio feito escondido e totalmente ilegal. O site mal entrou no ar e já foi retirado.
Segundo a Gearbox Software, a Interceptor está louca de lançar um jogo de Duke Nukem nessa vida. Supostamente, a desenvolvedora de Aliens: Colonial Marines é a dona definitiva e irrevogável da marca "Duke Nukem" para o bem ou para o mal. Imediatamente, os advogados foram acionados e a Interceptor está sendo processada nesse minuto.
Insano? Piora.
O prematuramente anunciado Duke Nukem: Mass Destruction envolveria o herói brutamontes em uma aventura espacial por diferentes planetas em uma busca para resgatar o presidente dos Estados Unidos sequestrado por alienígenas. Ao contrário de qualquer título anterior, o novo jogo seria em visão isométrica, com elementos de RPG e árvore de evolução. Com pouco humor.
Se a premissa parece sui generis e você está lamentando o fim antecipado do jogo, não derrame qualquer lágrima ainda. A Interceptor não se deu por vencida e anunciou (oficialmente) Bombshell: um "novo" jogo com um personagem durão em uma aventura espacial por diferentes planetas em uma busca para resgatar o presidente dos Estados Unidos sequestrado por alienígenas, em visão isométrica, com elementos de RPG e árvore de evolução.
Sai Duke Nukem e entra a heroína casca-grossa Bombshell, com direito a vídeo de introdução que cruzou o túnel do tempo e veio direto dos anos 90:
A impressão que fica é que o roteiro do vídeo já estava pronto, mas trocaram de modelo 3D na hora H (e não deu muito tempo de caprichar na animação).
Com as telas liberadas já mostrando como os trabalhos estão adiantados, é patente que Bombshell é um mod de um jogo que talvez não veja a luz do dia. Segundo a Interceptor, da oportunidade do processo na Justiça, nasceu a chance de criar sua própria IP e que não abandonou ainda a ideia de Duke Nukem: Mass Destruction.
Bombshell vai explodir ano que vem para PC e PlayStation 4. Se será bom, ruim ou tão ruim que chega a ser bom, ainda não se sabe. Mas periga a história de sua atribulada gestação ser mais interessante que a tal busca galáctica pelo presidente.
Ou será que piora?
3 comentários:
Quando olhei essa screenshot a primeira coisa que lembrei foi deste jogo:
http://imageshack.com/a/img845/9836/a2x0.jpg
Será que usam a mesma engine?
Botei os olhos nessa bombshell e lembrei de cara do filme da tank girl.
vejam pelo lado bom: 2015 ainda está um pouquinho distante.
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