Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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10 de dezembro de 2013

Duas Décadas de Doom

Cacodemon-Doom-Art-Tribute

Em 10 de dezembro de 1993, a id Software lançou um divisor de águas no mundo dos jogos eletrônicos: Doom. Ultraviolência, partidas frenéticas de multiplayer, amplo suporte a mods, simplicidade em prol da diversão, tudo isso já existia antes da criação de Carmack, Romero, Hall e o outro Carmack (que não é parente). Mas em Doom todos estes elementos se combinaram em uma fórmula de sucesso que iria sacudir o planeta.

Pinky-Doom-Art-Tribute

Vale a pena ler o tributo escrito pelo Arthur Zeferino para o Gamesfoda. Da minha parte, só fui tomar contato com Doom cinco anos depois e posso dizer que mesmo em meio a Quake, Shadow Warrior, Blood e Duke Nukem 3D, o bom e velho FPS ainda era um gigante. Demorou ainda mais tempo para eu conseguir a versão completa do jogo e terminá-lo, com um catártico tiro de escopeta na cara de Satã. Já tinha provado do gosto de Half-Life, Call of Duty, Medal of Honor e Halo. E ainda assim, o Doom ancião com dez anos nas costas se recusava a ser passado para trás.

Zombie-Soldiers-Doom-Art-Tribute

Outra década se passou e eu puxo da memória os corredores tortuosos repletos de zumbis, suas abominações saídas de pesadelos, o estrondo gratificante de cada arma, a trilha em midi quase hipnótica, a velocidade da resposta dos comandos. Já estive na Zona, já enfrentei o Combine, derrotei o Patriarch tantas vezes, incendiei Tanks e invadi o planeta dos Stroggs. E Doom ainda não parece datado.

Cyberdemon-Doom-Tribute

Na id software, não sobrou mais ninguém. Tom Hall partiu. John Romero partiu. Adrian Carmack partiu. John Carmack partiu. De Doom IV, ninguém sabe mais nada, enterrado em um ciclo infinito de redesenvolvimento, sem direção, sem esperanças. Mas nem precisava. Não precisávamos nem de Doom III! O primeiro Doom fez vinte anos. E parece que foi lançado ontem.

(todas as artes exibidas foram criadas por Eric Ridgeway)

Ouvindo: The White Stripes - Lets Shake Hands

5 comentários:

Davi disse...

Doom foi o primeiro jogo da minha vida. E até hoje gosto muito dele. Saudades de quando eu tinha meus quatro anos e morria de medo dos monstros no escuro dos corredores marcianos.

Marcos A. S. Almeida disse...

Bendito amigo que me apresentou á esse jogo - e por ironia ele nunca curtiu muito jogos - onde tive contato primeiramente com a demo.Mas não satisfeito, pedi a ele que me arranjasse o completo.Apesar de nunca tê-lo fechado, me diverti muito descobrindo esse novo mundo , esse novo gênero, numa época em que os mais conhecidos eram Prince of Persia (plataformer) e os adventures da Lucas Arts.E confesso , usei muito o IDDQD e o IDCLIP ( os antigos entenderão).Hoje , não sei porque motivo, já não consigo jogar sem sentir náuseas , talvez pela velocidade , quem sabe.São 20 anos mergulhado nesse novo mundo que Doom me abriu.Felizmente.

phillip disse...

Doom é um clássico eterno que nunca vai envelhecer, daqui a alguns anos, vai ter Doom até pra calculadora!

Excelente texto, Aquino!
E quanto as análises dos Ghotic's?
To muito ansioso pra ler seu texto de Ghotic "1" ;-;

E no aguardo pra saber o que você axou do New Vegas(isso é, se vc já jogou), alem de Skyrim!!

Edgar Menezes disse...

FOi o segundo shooter 3d que joguei na vida (depois do Wolf3D) e até hoje um dos melhores enredos e ambientação que existe no mundo dos games. Ainda tenho esperança que algum dia saia um Doom 4 a altura desse grande clássico, algo que o Doom 3 prometeu e não comprio.

Shadow Geisel disse...

exato, Aquino. a mesmíssima sensação que tive jogando de novo na versão do doom 3 para PS3. é incrível como esses dois jogos conseguem ser tão bons depois de tanto tempo e tantos outros concorrentes. só sofri um pouco pela impossibilidade de olhar pra cima e pra baixo. de resto continua um grande jogo. e o som da double barrel shotgun é fantasmagórico até hoje. excelente texto.

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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