Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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25 de maio de 2013

Cheiro de Podre

Imagine um jogo de mundo aberto em uma zona urbana infestada de zumbis. Imagine que seja possível escolher um entre quatro personagens possíveis e seus amigos possam participar em um modo cooperativo de quatro participantes. Imagine que neste jogo armas brancas tenham grande importância para cortar e esmagar as criaturas, com grande detalhamento no sangue e na podridão. Imagine que estas armas possam ser modificadas com base em itens que você encontra pelo caminho e que você possa customizar as habilidades de seu personagem seguindo uma árvore de evolução. Último detalhe: este jogo é um produto da Techland.

Estou falando de Dead Island? Não.

Dying Light

Com a maior cara de pau do Universo, a Techland anunciou Dying Light, seu mais recente clone de Dead Island.

Assim como Hellraid, outro projeto da desenvolvedora, mas ambientado em um mundo de fantasia, é impossível não notar que as poses das animações e o estilo de combate sugerem mais um mod para seu trabalho anterior do que exatamente um título novo. Até mesmo a sequência em que é preciso se libertar do abraço mortal de um zumbi está presente em Dying Light.

Abraço-Amigo Abraços grátis: uma destas telas é de Dying Light, acredite.

Entretanto, a Techland promete entregar duas novidades à fórmula. Talvez até para não sofrer com as acusações de ser mais do mesmo que Dead Island: Riptide recebeu. Uma das novidades é que será possível fazer parkour entre os prédios e malocas da cidade do terceiro mundo da vez, uma espécie de Mirror's Edge com mortos-vivos. A outra novidade é que finalmente vão adicionar um ciclo de dia e noite ao seu mundo aberto, algo que fez muita falta na eternamente ensolarada Banoi (com algumas pancadas de chuva). O cair da noite também irá alterar o comportamento das criaturas, além de trazer novas ameaças que não aparecem durante o dia.

Parkour Parkour na favela

Na verdade, as duas já eram possíveis em Dead Island, graças ao trabalho dos modders. Still Alive Parkour Mod permitia correr sem se cansar e pular pelas ruas como se você fosse a Faith, de Mirror's Edge. E o Day and Night Cycle Mod fazia o relógio andar no jogo.

Para completar o serviço com polimento de óleo de peroba,  Pawe Marchewka, CEO da Techland, afirmou que "a tecnologia da próxima geração nos permitiu criar um mundo aberto verdadeiramente dinâmico que apresenta um ciclo de dia e noite que altera o jogo". Como se os modders já não estivessem fazendo isso desde o ano passado, sem verba alguma, ou como se jogos com passagem do tempo e mudanças no cenário já não existissem desde a década passada. Mas, nos dias de hoje, Marchewka não seria um CEO se não conseguisse encaixar o termo "next-gen" em uma frase, até mesmo em um título que também sairá para a geração atual.

Perdendo a Cabeça Clique para ampliar e ver a hora no relógio. Horário de verão?

Quer mesmo saber qual é a real diferença de Dying Light para Dead Island? Aquela que ninguém está comentando? Ele será publicado pela Warner Bros. Interactive Entertainment. Com os dois Dead Island publicados pela Deep Silver, talvez estejamos diante de um caso de direitos revogados diplomaticamente não mencionado pelos envolvidos. Isso pode significar o desenvolvimento de um Dead Island 2 sem a mão da Techland? Isso significa que a franquia está morta e enterrada? A Warner cometerá os mesmos exageros na divulgação de Dying Light? Who Do Your Voodo? Por enquanto, ninguém sabe.

ATUALIZAÇÃO (29/05): Em entrevista para o Eurogamer, perguntaram para Blazej Krakowiak porque "Dying Light" não se chama "Dead Island" e o desenvolvedor respondeu que "Dead Island é uma propriedade intelectual da Deep Silver, pergunte para eles".

Ouvindo: Call Of Duty Black Ops Zombies - Clockwork Squares

3 comentários:

Shadow Geisel disse...

a velha balela next gen de sempre. melhores gráficos; ia aprimorada; novidades que "não eram possíveis" na geração anterior... depois de ver isso por duas ou três décadas fica difícil se "sensibilizar" com a causa desses preguiçosos que querem fazer jogo mal-feito e vender a preço de arrasa-quarteirão.

Eder R. M. disse...

Nossa, isso que é não querer largar o osso :D

Gustavo Coelho disse...

Em Ultima VI eu lembro de já ter visto o que pode ser considerado um "... mundo aberto (...) que apresenta um ciclo de dia e noite que altera o jogo" :-)

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