Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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7 de janeiro de 2013

Reinações Eletrônicas - Parte III

sonic-and-knuckles-02

Antes de ir para a casa da vovó, uma das coisas que meu filho mais falava era sobre os "jogos da casa da vovó", como se fossem uma seleção mágica de títulos ou portas sobrenaturais para novos mundos. A memória de seu desabrochar estava clara em sua mente.

Mas a memória é um ser volátil como a névoa com pouca ou quase nenhuma base na realidade. Jogos como Pandemonium, o insanamente dificílimo The Smurfs ou o assombroso Horror Zombies from the Crypt não tiveram mais o mesmo impacto e foram descartados em minutos. Dino Run só durou uma única partida, para também ser aposentado, talvez para sempre.

Não fui despreparado e levei um pen drive com novidades. Consegui uma versão pirata de Gex: Enter the Gecko já que o jogo não está disponível mais em lugar nenhum (alô, GOG, fica a dica!). Para nosso espanto, o primeiro nível é o mesmo da versão demo, não conseguimos vencer o segundo nível e o jogo nem mesmo salva (pelo menos, não de um jeito que eu consiga compreender). Vertigo, um aparentemente simpático jogo de plataforma que inverte com as direções, se revelou uma máquina de ceifar cérebros a partir do seu segundo mapa. Outra opção, Maldita Castilla, tinha mais gore do que eu estava preparado mas o que realmente assustou meu filho foi, mais uma vez, o grau de dificuldade. Não conseguimos passar do segundo chefe, um verme repulsivo que não foi derrotado nem pela coordenação motora de quatro mãos simultâneas. Orczz não rodou de forma alguma.

Maldita Castilla Verme maldito!

Então, quem salvou a jogatina? Sonic e cia.

Sonic & Knuckles Mais uma vez fui forçado a apelar para a pirataria para obter um jogo antigo que não vende mais para PC. No caso, o combo Sonic & Knuckles Collection. O jogo, nesta versão até onde eu sei, também não salva depois de cada Ato, então é tentativa e erro até o fim. E é difícil como nenhum título do ouriço azul que eu joguei anteriormente ou, melhor dizendo, é difícil como aqueles jogos de arcade costumavam ser para tirar todo o seu dinheiro trocado e enviar para a SEGA. Mas nada disso impediu meu filho de jogar os mesmos níveis de novo e de novo e de novo. Além de controlar o próprio Sonic, os jogos abrem a possibilidade de controlar Tails (que voa entre os níveis) e Knuckles (que tem o poder de escalar). Para meu filho que os conhecia apenas como coadjuvantes de Sonic Generations ou corredores de Sonic & Sega All-Stars Racing foi uma grata descoberta. Mesmo quando o computador da vovó entregou os pontos e resolveu queimar a fonte, Sonic, Tails e Knuckles mantiveram a chama acesa no netbook da mamãe.

Da minha parte, quebrei uma maldição que durava desde 1998. Venci o demo de Pandemonium. Sem muitas pretensões, depois que meu filho foi dormir, insisti no jogo de plataforma que me atormentou naquele distante ano e consegui chegar ao final (abrupto) da demonstração. Continuo torcendo o nariz para o gênero, mas minhas habilidades estão se aprimorando. Enquanto isso, meu filho de 5 anos aprende com um ouriço a hora certa de pular, acelerar e até vencer um chefe...

Ouvindo: Rye Rye - Bang (Feat. M.I.A.)

Um comentário:

breno disse...

"é difícil como aqueles jogos de arcade costumavam ser para tirar todo o seu dinheiro trocado e enviar para a SEGA."

Me parece que vc não entende a filosofia em um jogo de arcade. Embora Sonic sempre foi para consoles...

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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