Retina Desgastada
Idéias, opiniões e murmúrios sobre os jogos eletrônicos
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5 de dezembro de 2010

Histórias Sem Fim

Silt Strider O KotakuBR está com um bom artigo traduzido sobre jogos que não conseguimos terminar simplesmente por que não queremos terminar. Eu posso entender o ponto de vista abordado, mas não posso apontar nenhuma ocasião em que eu prolonguei o término de um título para prolongar a aventura. Exceto, talvez, Elder Scrolls III: Morrowind. E mesmo neste caso, eu fechei a trama principal e suas duas expansões oficiais. O que eu não conseguia parar de jogar eram os infinitos mods. Um dia eu posto uma lista dos meus mods favoritos, assim como um dia eu voltarei à Vvardenfell (e você sabe que ficou viciado neste jogo quando você consegue digitar o nome da ilha-continente sem consultar).

Por outro lado, no fórum do Mobygames está ativo um tópico sobre jogos que vergonhosamente não conseguimos completar. Títulos marcantes, símbolos de sua geração ou idéias revolucionárias que você começou a experimentar e mesmo assim não concluiu. Neste tópico, em específico, eu tenho algumas experiências para compartilhar... Eu não vou falar de jogos que eu sequer possuo ou cheguei perto; esta lista seria muito extensa e envolveria Another World, Modern Warfare (qualquer um dos dois), qualquer Monkey Island, Halo 2 e 3, Civilization etc. Vou me ater aos jogos que comecei e empurrei para outro dia.

Daikatana: Eu não sei se este deveria estar na lista de jogos que eu vergonhosamente não terminei ou na lista de jogos que eu vergonhosamente comecei! Um dos mais execrados títulos da história dos jogos eletrônicos não é tão ruim como afirmam. Exceto pela dificuldade sádica. Ou pelos gráficos bizarros. Ou pelos bugs insuportáveis. Eu parei de jogar antes de chegar aos NPCS com Burrice Artificial ou encontrar a espada que dá nome ao jogo, respectivamente seu ponto mais fraco e seu ponto mais forte. Até onde eu fui, é um FPS interessante.

Daikatana

Manhunt: Polêmico, brutal e um pouco repetitivo. Mas eu gostaria de voltar a jogá-lo um dia, com um estado de espírito adequado para um jogo que exige mais raciocínio e paciência do que adrenalina.

Max Payne 2: O primeiro jogo é fantástico e foi responsável por destruir meu velho preconceito por títulos em terceira pessoa. Narrativa fenomenal, inesquecível dublagem brasileira e o melhor bullet time de todos os tempos. O segundo título foi um banho de água fria para mim: mudou o rosto de Max Payne, mudou sua voz e mudou o próprio bullet time. Se tornou um jogo com o qual eu não conseguia me conectar. Um dia, ciente de suas limitações em atender minhas expectativas, eu retornarei a ele. De preferência, antes do terceiro capítulo.

Metal Gear Solid: Sim, existe uma versão para PC e é excelente. Eu aplaudo os jogadores veteranos da série por que é um título infernalmente difícil, talvez um dos mais difíceis que eu já joguei. Sua mecânica é hipnótica, seus personagens fantásticos e sua história te prende na cadeira. Mas recarregar o jogo a cada dez minutos não é o meu conceito de diversão, então, preservei meus save games para um futuro onde minhas habilidades melhorassem. Os anos se passaram e imagino que terei que recomeçar do zero...

Septerra Core Septerra Core: Um inacreditável clone ocidental do estilo de RPG japonês. Vendia em bancas de jornais e eu recomendo para todos aqueles que curtem o gênero e suas idiossincrasias. Infelizmente, é um jogo imenso, com muitas batalhas repetitivas. Faltando um quarto para o fim da história, eu decidi dar um tempo. Um tempo que se transformou em anos. Quando eu finalmente resolvi tirar a poeira do jogo, percebi que tinha esquecido da história e, principalmente, tinha esquecido como se vence uma batalha.

Unreal: Comprei na banca de jornal e joguei maravilhado! Gráficos fabulosos para sua época, um mundo exótico para explorar e armas fora do convencional. Por um acidente do destino, meu save game desapareceu na metade do jogo e eu me recusei a jogar tudo novamente.

Black and White: Uma obra-prima. Tantos conceitos revolucionários no mesmo jogo! Os gráficos surpreendentes me deixaram olhando para a tela após a conclusão da primeira cutscene; eu não conseguia acreditar que já podia me movimentar. Joguei fascinado por três horas e meia seguidas, sem levantar nem para beber água. Mas não compreendi direito o sistema de salvamento... No dia seguinte, não havia nada salvo. Nada. Diante da perspectiva de ter que encarar mais três horas e meia até chegar ao ponto em que tinha parado, resolvi adiar meu retorno. Isso aconteceu há oito anos atrás...

E você? Que jogo você curtiu, mas ainda assim não conseguiu completar?

Ouvindo: Motörhead - Name in Vain

11 comentários:

Marcos A. S. Almeida disse...

Aquino, na verdade existe vários jogos que comecei apenas para testá-lo e ver se me empolgava.Os que passavam no teste , normalmente eu fechava.Por vêzes o teste era um pouco longo, mas eu ainda o considerava oficialmente " um teste"...Mas minha lista dos que eu queria fechar e parei é essa:
- Unreal ( na revista vieram o
Unreal e a expensão RETURN TO NA PALI.Só joguei o primeiro até a metade)
- Metal Gear Solid 3 ( o 1 eu fechei , mas com o passar do tempo não tive mais paciência de jogar jogos chamados " Stealth" , que o diga Splinter Cell ...)
- Silent Hill 3 (é tão bom mesmo??)
- Quake 2 ( depois que joguei o modo on line , não quis saber de fechá-lo)
- Left 4 Dead ( O mesmo problema do Quake 2)
- The DIG (Adventure muito bom, mas quando começou a ficar difícil dei um tempo...)
- Halo ( Realmente é muito bom, mas o achei muito repetitivo, sempre os mesmos inimigos)
Esses são os que me vieram á mente neste momento.

Bruno disse...

Usava esse esquema de teste do Marcos até antes de começar a trabalhar e pagar jogos do meu próprio bolso. E é um costume que guardo até hoje. Só compro sequências de séries que conheço e que muito provavelmente irei gostar ou de gêneros e assuntos que realmente me interessam que tiveram um bom hype, como foi com Mass Effect, Timeshift e Singularity (este último me fez repensar completamente se vale a pena comprar um jogo pelo hype, diga-se).

Eis minha lista:

- The Last Remnant: O que mais me arrependo de nunca ter terminado. História batida, é verdade, mas com gráficos incríveis e batalhas sensacionais. Na verdade, as batalhas mais épicas que tive em jogos foram neste jogo.

- Dead Space: Apesar de precisar trocar de calças constantemente, estava progredindo no jogo. Isso, claro, até minha casa ser assaltada e levarem meu PC. O comprei pelo Steam, mas até conseguir comprar outro PC p/ jogos...

- Heavy Metal F.A.K.K.: Foi um dos primeiros jogos de PC que comprei na vida. Faz tanto tempo, mas tanto tempo que nem lembro mais pq não o terminei.

- Doom 3: Sinceramente, achei o jogo muito chato. Nada de novo, nada de marcante, nada que se destaque. E um FPS de terror que te faz bocejar não pode ser levado a sério.

- Fallout 3: Sempre o abandonava logo após pegar minha casa em Megatown. O jogo exige muito trabalho e dedicação caso queira explorar o máximo possível antes de prosseguir com a história principal.

Condemned Criminal Origins: É realmente muito bom, mas tive que dar um tempo devido a assuntos da vida real e nunca mais voltei.

Amnesia The Dark Descent: O mesmo caso do Criminal Origins. E agora que roubaram meu PC, provavelmente nunca voltarei a jogá-lo.

C. Aquino disse...

Marcos, você me lembrou que eu completei Return to Na Pali (e é muito bom). Apenas o Unreal principal que ficou para depois. Silent Hill 3 é inferior ao segundo, mas vale pela atmosfera. Quake 2 não é relevante. Left 4 Dead, se você jogou online muitas vezes, provavelmente já fechou todos os mapas mesmo. The Dig eu nunca experimentei; adventures não são o meu forte. E Halo, bem, eu suspeito para falar qualquer coisa...

Bruno, que horror que roubaram seu PC! Mas não desanime, um PC para jogos está mais barato hoje em dia do que parece. A menos que você queira rodar Crysis no máximo. Quanto a The Last Remnant eu nem conheço! Vou me informar. Dead Space é indispensável. Eu ouvi falar coisas ruins de F.A.K.K. e nunca corri atrás. Doom 3 eu até tenho, mas é tanta crítica dizendo que é um jogo vazio que eu desanimo. Fallout 3 periga ser tão viciante quanto Morrowind... estou segurando para uma época em que eu tenha tempo. Condemned está na minha lista de futuras aquisições, mas é raro de encontrar hoje em dia. E eu estou esperando baixar o preço do Amnesia.

Marcos A. S. Almeida disse...

Eheheheh! Aquino,Na hora em que falei do Halo , imaginei você reclamando: -"isso é uma heresia!!" Eheheheheeh!!
Bruno,Mass Effect 2 é muito bom, e tenho lido por aí que está concorrendo ao melhor do ano.Mas friso que não gosto de RPG e gostei muito de Mass Effect 2, portanto...
Á proposito: você já jogou Penumbra:Black Plague? Segundo li, Amnésia é da mesma Frictional Games, mas me parece que está tendo 10 vêzes mais comentários que toda a série Penumbra e queria saber se REALMENTE é melhor que seu antecessor.O estilo e jogabilidade me parecem os mesmos.

Bruno disse...

Pois é... Minha namorada quase entrou em pânico quando isso aconteceu e nós nem moramos juntos. Tendo isso em vista, estou fazendo uma reforma na casa p/ deixá-la mais segura, além de ter comprado um cachorro (um ser que, além de amigo sincero, é um alarme vivo e um policial disposto a defender vc e sua casa 24 horas por dia). É despesa demais p/ conseguir bancar um bom PC p/ jogos por enquanto.

Sobre o The Last Remnant, não espere uma obra prima. O jogo tem muitos problemas realmente irritantes, como a falta de um Log Book p/ saber o que vc fez até então (tornando muito complicado largar o jogo por um tempo, voltar e não fazer idéia do que precisa fazer e o que já fez) e o que precisa fazer, a falta completa de direções (em vários momentos vc não sabe o que fazer nem p/ onde ir e vc sente ainda mais a falta de um Log Book) e história típica de JRPG, sem muita profundidade. Até o sistema de batalhas do qual gosto tanto pode ser meio chato antes de vc entendê-lo.

Mas depois que vc pega o jeito... Vc vai passar uns 70% do jogo batalhando e cada uma delas é um desafio, não importando seu nível, ou Rank de Batalha. A batalha é em turnos e muito estratégica. E a estratégia depende de que unidades vc coloca em cada Union (um esquadrão de no máximo 5 pessoas), as habilidades que cada um tem, os equipamentos dos mesmos, que union inimiga vc ataca e quando ataca e etc etc etc. E 20% vai ser gasto pensando e arrumando as units em unions mais efetivas, formações de ataque mais apropriadas p/ os personagens de cada union e que habilidades estes devem aprender. Os outros 10% vc vai gastar viajando e vendo cutscenes.

O jogo é bem difícil, principalmente com a falta de um Log Book, e vc vai morrer muito antes de pegar o jeito das batalhas.

E por incrível que pareça, apesar de tudo isso, as batalhas épicas e o tempo gasto pensando em como melhorar compensam todas as falhas.

Bruno disse...

Marcos, só uma dúvida: vc jogou o primeiro Mass Effect antes? Se sim, exportou seu save pro ME 2?

Se não, sinto te dzer que vc perdeu grande parte da graça do jogo. Aproveite que o ME 1 não está tão caro no Steam.

Nunca joguei Penumbra. Vi uns vídeos e reviews e não fiquei convencido a comprar.

Fagner P. disse...

Por incrivel que pareça um dos únicos jogos que não consegui jogar mais do que algumas horinhas foi The Elder Scrolls III: Morrowind. É, seria trágico se não fosse irônico.

SCARFACE, esse eu também não joguei muito, mas isso é devido ao fato de que na época meu pc não era muito bom.

Tem outros também, mas que nem vale a pena mencionar.

Outro Bruno disse...

Curiosamente Max Payne 2, MGS e Black and White também estariam na minha lista... mas em primeiro lugar está Fallout 2 (eu joguei assim que acabei o 1º, acho que isso me cansou).
Recentemente voltei a jogar Divine Divinity (tinha parado), quem sabe não jogo Fallout 2 depois...

GORDON FREEMAN disse...

Um jogo que eu não queria que acabasse,mesmo com 30 horas de duração,era um FPS chamado RED FACTION,onde um grupo de mineiros escravisados tenta escapar de MARTE,com um estilo de narrativa semelhante a HALF-LIFE e cenários destrutiveis.

Marcos A. S. Almeida disse...

Bruno, não joguei Mass Effect 1.Na verdade só resolvi jogar o ME2 ( felizmente!) por 2 motivos:Primeiro por causa de todo o " hype" criado em seu lançamento, e você sabe que isso infui em nossa decisão algumas vêzes;e segundo é que a maioria ( senão todas) das análises que li diziam que ele estava muito menos RPG que o primeiro.Aliás, é mais shooter do que RPG.Por isso decidi jogá-lo.E pra minha felicidade , li que uma das partes mais chatas do ME1 era a exploração nos planetas para se obter recursos.E que era feito num " carrinho" controlado pelo Shepard, andando pela superfície do planeta até encontrá-los.Essa parte de explração, em ME2 continua chata , mas bem menos, pois esse " passeio" do Shepard foi substituído por uma análise aérea do planeta até que um sonar detecta esses recursos.Quando o ponto exato é detectado , jogamos uma sonda para a retirada dos mesmos.Mas como disse , continua chato.

Bruno disse...

Dsculpe, Marcos. Só vi seu comentário agora.

Ah, o Macko de ME 1! Saudade dele. A coleta de "recursos" em ME 1 era realmente muito chata, principalmente em planetas montanhosos. Mas o negócio é que essa coleta era completamente dispensável em ME 1. Vc fazia isso apenas p/ completar uma side-quest e a recompensa em dinheiro não valia o esforço. Vc poderia muito bem passar o jogo inteiro sem fazer a quest e não sofrer por falta de dinheiro.

Mas ainda te recomendo pegar o ME 1 p/ exportar suas escolhas pro ME 2. É praticamente um jogo diferente, com um tanto a mais de conteúdo e missões, além de ver as consequências de suas ações no primeiro jogo.

ME 1 pode ser "mais RPG" que o ME 2, mas te garanto que vc não vai se arrepender. Ainda mais agora que já se encantou com ME 2.

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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