Apesar de nunca ter jogado um minuto de Left 4 Dead em toda minha vida, falha que pretendo corrigir um dia, sempre acompanhei perifericamente a saga de Bill, Zoey, Louis e Francis com interesse. Desde que vi pela primeira vez aquele vídeo de abertura do jogo, não podia ser diferente. Left 4 Dead parecia ser tudo o que eu sempre quis de um jogo de zumbis, com o selo de qualidade da Valve. Foi então, com imensa satisfação que baixei e li a série de quadrinhos produzida para o DLC "The Sacrifice".
São quase duzentas páginas de ação frenética, horror e drama que eu compraria com prazer em edição encadernada de capa dura. É o tipo de material que não pode faltar na coleção de qualquer um que curta literatura com mortos-vivos ou seja um aficionado por jogos eletrônicos. E pensar que a Valve distribuiu estes quadrinhos de graça, para ler online ou baixar em PDF... aliás, pensar que a Valve disponibilizou o DLC de graça para todos aqueles que já possuíam o jogo é algo que me faz manter as esperanças nesta indústria cada dia mais gananciosa. Fosse Left 4 Dead propriedade da Activision, nós estaríamos realizando micro-transações para ter acesso à história em um formato que não permitiria a cópia ou que só pudesse ser lido dez vezes ou algo igualmente diabólico.
"The Sacrifice" narra um dos momentos mais críticos da história dos quatro sobreviventes da praga zumbi, quando são capturados por forças militares, descobrem um terrível segredo sobre a forma como a epidemia se espalha e termina com o sacrifício de um deles. A história ainda nos fornece a cada capítulo uma pequena visão de como era a vida de cada um deles no momento em que a infecção se alastrou, um excelente mimo para aqueles que já acompanham a saga dos quatro de longa data e uma grata surpresa para mim, que estou começando a me aprofundar no assunto. Uma nova dimensão humana é acrescentada aos heróis e a narrativa é tão bem escrita que, após a leitura eu já sinto que os conheço desde o início. Quanta diferença em relação ao péssimo Death Troopers...
A arte de Mike Oeming está longe de ser um Alex Ross da vida, ele não é um retratista, mas, com certeza é alguém que usa o meio para narrar uma história com eficiência. Ainda que seus personagens pareçam caricaturas dos icônicos heróis da série, Oeming demonstra que sabe o que faz com um brilhante uso de sombras, ângulos inusitados, muita sangreira e ação vertiginosa. Não é pra menos que ele é o elogiado desenhista da série Powers, já tendo desenhado também Judge Dredd, Catwoman e outros.
O DLC "The Sacrifice" permite ao jogador escolher qual dos quatro personagens irá realizar o sacrifício para que os outros três sobrevivam. Oficialmente, a história prossegue em Left 4 Dead 2 e a expansão The Passing, onde os heróis originais que sobraram encontram com os novos "quatro" em uma nova campanha. Para aqueles que achavam que a Valve iria abandonar o primeiro jogo com o lançamento da continuação, "The Sacrifice" não apenas funciona como um resposta como também uma elegante (e gratuita) troca da guarda na série.
Pode ser que o título tenha que ser alterado para Left 3 Dead a partir de agora, mas, uma vez que a morte do quarto personagem é apenas sugerida e não mostrada, eu não me espantaria com a possibilidade de um retorno improvável mas triunfante.
4 comentários:
A série ao contrário do que muitos dizem é ótima, sem falar que é realmente um jogo de zombies, faço mensão agora ao triste fim de Resident Evil, que saiu de um clássico do terror para um péssimo jogo de ação esquisofrênico.
O blog é Rox igualmente seus posts.
Continue assim Flw!
Aquino,a melhor forma para se jogar Left4Dead é a on line, mas como você já disse em posts anteriores que sua experiência nesse modo foi ruim , então você provavelmente não terá uma boa impressão do jogo, que mesmo on line não é nem de longe comparável á Half Life 2 ( comparo por ser da mesma Valve). A experiência off line é frustrante por causa dos bots um tanto quanto burros , e por ser um jogo cooperativo você depende diretamente da ajuda deles ( ou ter de se arriscar ajudando-os).E mesmo na on line, se te acharem muito " noob" , ou seja inexperiente, se você cair não te salvam ou pior , te " kikam" ( expulsam ) do server.Você abrir um server é a melhor escolha.Mas sinceramente, apesar de ter jogado por um bom tempo, e ter ganho experiência,depois que descobri um outro jogo cooperativo, não senti saudades de Left4Dead.Pelo contrário, só me fez ver os pontos negativos dele, como a extrema dependêcia que se têm pelo outros jogadores e poder ser ferido por " fogo amigo".De qualquer forma, é uma experiência bem diferente jogá-lo.A jogabilidade é ótima, o nivel de desafio é muito bom e os gráficos idem.
Obrigado pelas dicas, Marcos! Vou levar isso em conta quando jogar Left 4 Dead, fico com medo de me decepcionar...
Brother tipo, No final que vc disse que o titulo de Left 4 dead teria que ser alterado par Left 3 Dead... tipo, o 4 do nome é uma gíria não tem nada haver com a quantidade de protagonistas... A tradução seria deixados para morrer = Left For Dead - a gíria seria que Four (4) teria o mesmo som que For (Para) por isso usaram o 4... enfim Muito bom trabalho :D
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