Adaptações cinematográficas de jogos têm um longo histórico de "liberdades criativas" e decepções, ao ponto de eu praticamente desistir de continuar acompanhando as notícias. A divulgação do primeiro pôster oficial de Kane & Lynch de certa forma me animou. O estilo do cartaz remete a um tipo de filmes de ação muito popular hoje em dia, que podem ser chamados de pseudo-Tarantinos. A adaptação promete seguir na mesma linha de Adrenalina, Snatch, A Última Cartada e outros tantos. Considerando que go narra a história de dois sociopatas condenados ao corredor da morte e que são resgatados por um grupo de mercenários para propósitos excusos, eu diria que não teria como fazer um filme diferente.
Ao contrário do que se poderia imaginar, Guy Ritchie, ex-marido de Madonna e um dos mais ativos diretores deste subgênero, não está envolvido no projeto. De fato, dois completos estreantes estão na frente da produção. Na direção, temos Simon Crane, um ex-dublê que nunca dirigiu nem filmagem de festa de casamento, mas trabalhou em Titanic no papel de "4° Oficial do Salão". O roteiro ficou nas mãos do igualmente famoso Kyle Ward, cuja experiência se resume a um curta-metragem de 12 minutos sobre boxe, em 2005.
Então, em nome de tudo que é sagrado neste mundo, por que eu ainda sinto uma empolgação por um filme que só vai sair em 2011 comandado por dois obscuros profissionais de Hollywood? Por que outros dois veteranos pegaram os papéis principais. Bruce Willis interpretará Adam "Kane" Marcus, enquanto Jamie Foxx encarnará o perturbado James Seth Lynch. Bruce Willis dispensa apresentações, sendo o responsável por grandes sucessos no gênero, ainda que ocasionalmente ele aceite participar de grandes fracassos. Foxx, por sua vez, está atraindo a ira dos fãs mais puristas do jogo que defendem que Lynch, um personagem branco, tem que ser interpretado por um ator branco. O fato de Jamie Foxx ter 31 prêmios na prateleira de casa, incluindo um Oscar, parece não ter efeito neste tipo de gente. Na minha opinião de cinéfilo (e de quem não jogou o jogo), eu prefiro um ator talentoso que não pareça com o personagem do que um ator fraco que seja idêntico ao personagem. Lynch poderia ser uma mulher, se essa mulher fosse Meryl Streep. Se Foxx repetir o que fez em Colateral, eu estarei satisfeito.
Por enquanto, temos um pôster estiloso, dois amadores no comando e um par de astros com talento para sustentar a produção. O resultado, a quebra ou a confirmação da maldição, só o tempo dirá.
3 comentários:
Tambem não joguei o jogo mas tambem estou muito esperançoso quanto ao filme, espero que mesmo não sendo totalmente fiel ao jogo, que ele seja um bom filme, pra min já éo suficiente.
Será? O estilo do jogo lembra muito de um filme de ação, acho que pode fazer algum sucesso, vou espera, junto com Prince of Persia, minha ultima esperança.
certamente que não me empolgo com adaptações de video games para os cinemas e vice versa, é normal que essa enxurrada de títulos saindo do mundo virtual para as telonas tente a crescer, uma vez que a indústria de games já ultrapassou a de cinema há muito tempo no giro da bufunfa, somando isso a perda de "clientes" já que cada vez menos as pessoas estão assistindo filmes nos cinemas (fato), é obvio que eles querem dar tiro para todos os lados, mesmo que em casos de adaptações eles sempre acertem o pé (Muitos méritos a Uwe Boll e os miseráveis que assinam contratos com ele). Salvo raras excessões como Mortal Kombat e Silent Hill (Hitman também ok, ok!) não vejo o motivo pra gastar meu suado dinheirinho com essas trapalhadas que eles costumam fazer, mesmo tendo dois dos atores que admiro.
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