Houve uma época em que um jogador veterano ia até as bancas de jornais procurando por algo capaz de expandir sua paixão e voltava para casa com um punhado de revistas contendo códigos, dezenas de fotos e "detonados". Ficava sempre a impressão de que algo estava faltando, de que os jogos eram tratados como um passatempo para crianças semi-letradas obcecadas por pontuação máxima e termos como "irado", "brutal" e "finish him". Até que a EGM chegou ao Brasil. De uma hora para outra descobrimos que era possível ler páginas e mais páginas de análises, avaliações, entrevistas e prévias. Pelo menos no papel, pois na internet este material já existia, mas a EGM veio cobrir a imensa lacuna entre o que víamos acontecer na web em sites jurássicos como o Theogames e o Lagzero (para citar alguns) e aquelas aberrações publicadas nas bancas.
As revistinhas ainda existem, não sei se as mesmas. Mas a EGM também. CEM edições depois, ela continua, provando que o mercado estava preparado para sua proposta. Mesmo com a crise econômica que matou a matriz americana. Mesmo com a mudança de nome para EGW. Mesmo com a entrada de concorrentes de peso, trilhando o caminho aberto pelos pioneiros.
De certa forma, sinto-me parte desta história. Como colaborador na edição 88 e e na edição 91, na seção Zine. Mas, principalmente, como leitor e incentivador. Então, parabéns a todos os envolvidos e a nós, leitores, que afirmaram e continuam afirmando mês a mês que eles querem conteúdo, que eles querem qualidade.
4 comentários:
Pedido ao Retina Desgastada: Bem que podia fazer um post pro Call Of Duty Black Ops. Ja saiu até trailer, o jogo é simplesmente fantástico e surreal.
Mas já não há hype demais sobre este jogo? E eu confesso que o último Call of Duty que eu joguei foi o primeiro. O primeiro mesmo. Mil desculpas, mas eu estou sem ter o que dizer sobre o novo e nem me sinto gabaritado para comentar sobre os atuais caminhos da série.
Cara, depois de tanto ver blogs e sites de jogos que sempre seguem o hype dos "jogos da moda", ver teu blog é um alívio. Nao so por mostrar aspectos nostalgicos dos jogos,sejam antigos ou novos, mas pq tu escreve sobre os jogos de forma espontãnea. Li teu texto sobre Stalker, e me senti exatamente daquela forma, um misto de frustração e vontade de jogar. A proposito, uma dica: jogue Call of Pripyat. Pra mim é o melhor da serie, em todos os sentidos.
Obrigado pelo apoio, Alex! Call of Pripyat está em minha alça de mira, assim como Metro 2033. Estou apenas esperando alguma promoção amiga no Steam para adicioná-los ao meu acervo.
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