Retina Desgastada
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5 de agosto de 2008

Chefes ou Bananas?

Ao fazer minha análise de Blood 2, eu esqueci de comentar o aspecto mais frustrante de todo o jogo: o chefe final. Após inúmeras horas dizimando incontáveis legiões de criaturas das trevas e soldados da Cabal, o último combate da trama é um banho de água fria. Este problema não é exclusividade de Blood 2, entretanto. Ainda que a função do chefe de fase seja testar os limites da habilidade (ou paciência) do jogador, algumas vezes, seus programadores cometem erros fatais ou deixam brechas que podem ser exploradas por obra do acaso ou malícia.

Esta pequena lista reúne cinco dos chefes mais fáceis de derrotar que eu já enfrentei (ATENÇÃO: Contém spoilers!):

The Ancient One

The Ancient One Direto do último nível de Blood 2, esta monstruosidade nascida dos pesadelos lembra (e muito) Shub-Niggurath, o inimigo final de Quake, que, por sua vez foi inspirado na divindade macabra criada por H.P. Lovecraft. Este ser sem nome e sem criatividade revelou-se também ser sem desafio e foi derrotado em menos de quinze segundos logo na primeira tentativa.

O combate imediatamente anterior ao confronto com The Ancient One é o mais difícil do jogo e me obrigou a utilizar um power-up que amplificava o dano de minhas armas. Com minhas armas turbinadas, venci a batalha, cruzei um portal e deparei-me com a besta. Sem hesitar, e ainda sob o efeito amplificador, disparei três tiros de lança-foguete contra a coisa. Que, para meu completo espanto, caiu sem ter tempo nem de reagir!

Cerberus

Cerberus O primeiro Blood também tinha um chefe-banana: Cerberus, o cão do inferno de duas cabeças. Do tamanho de um ônibus, com uma dentada capaz de tirar metade de sua energia, cuspindo bolas de fogo em velocidade absurda, o monstro parecia um desafio assustador. De fato, ele me matou duas ou três vezes. Até eu descobrir um ponto do mapa, entre duas rochas, onde suas bolas de fogo não entravam e suas mandíbulas também não alcançavam.

Completamente seguro em minha posição, esvaziei minhas armas em Cerberus até derrotá-lo.

Almalexia

Almalexia Quando eu vi esta arrogante deusa pela primeira vez em Tribunal, a expansão de Elder Scrolls III: Morrowind, eu sabia que cedo ou tarde seria Karkaz (meu personagem) ou ela. Nas entranhas da cidade perdida de Sotha Sil, a deusa revela seus planos com um loooongo discurso e, então, ataca. Não dá pra salvar o jogo quando ela aparece e, nas primeiras três vezes, a vitória foi de Almalexia. E eu tive que escutar seus planos três vezes novamente.

Estava usando a tática errada. Tentei vencer a deusa enlouquecida usando a arma mais poderosa de meu arsenal, curiosamente, uma espada que ela mesma havia dado a Karkaz. Uma arma que meu personagem não havia adquirido 100% de perícia. Apesar do dano devastador, Almalexia era atingida com pouca freqüência e ganhava espaço para cobrir Karkaz de feitiços.

Na quarta vez, escolhi o machado de estimação de Karkaz, a única arma com perícia 100%, guardada no inventário por razões sentimentais. O dano era muito inferior ao da outra arma. Mas Almalexia era atingida tantas vezes por minuto que emendava uma animação de golpe na outra, não tendo tempo pra se recobrar. Então, paulatinamente, a deusa de Mournhold (“city of light, city of magic”) caiu diante de um reles machado encantado de baixo nível...

Darth NihilusDarth Nihilus

A versão “Guerra nas Estrelas” de Galactus, o Devorador de Planetas, cresce na trama cercado de mistérios e horrores. Destruidor de mundos. Um Sith de poder incomensurável. Comandante de uma nave-fantasma. Seu rosto jamais é revelado na história.

Banana. Derrotado na primeira tentativa.

Para minha decepção Darth Nihilus nem mesmo é o último inimigo de Knights of the Old Republic II, apesar de ele figurar na capa do jogo.

Após sua derrota  fácil eu ainda supus que talvez o Sith ressurgisse para mais uma batalha no final. Nada disso. O chefe final do jogo é alguém que não deveria nem se sustentar em pé, mas consegue ser um desafio muito maior do que Nihilus.

Undead Dragon

Undead Dragon Posso estar enganado, mas acho que o inimigo final de Gothic II deveria ter um nome mais criativo do que este. Ainda assim, o monstro impõe respeito pelo tamanho e pela aparência. Infelizmente, chegar até ele é mais difícil do que derrotá-lo.

No alto de uma escadaria, após atravessar uma série de catacumbas infestadas de inimigos, abre-se a caverna onde o Undead Dragon habita. Como todo vilão clássico, ele conta seus planos em um longo discurso antes de atacar. Se há algo que Cerberus me ensinou é que, ao enfrentar oponentes gigantes, a melhor tática é recuar até um ponto onde ele não alcance. Recuei de volta para a escadaria e percebi que o chefe parou de perseguir. O Undead Dragon era tão maciço que mal conseguia sair do seu canto da caverna!

Com um personagem especializado em arco e flecha, posicionei-me na escada e disparei o primeiro projétil. O monstro urrou de ódio, olhou em volta, não me achou(!) e voltou a ficar quieto. Outra flecha e tive o mesmo resultado. Algumas dezenas de flechas depois, ele estava derrotado. E meu personagem completamente ileso.

Ouvindo: Tchaikovsky - 1812 Overture

4 comentários:

Hawk disse...

Você não explicou como derrotou o Darth Nihilus.

C. Aquino disse...

Darth Nihilus não exigiu nenhum truque, bug ou poder especial. Ele foi derrotado como um inimigo qualquer do jogo, apenas um pouco mais difícil que a média... tristeza.

Hawk disse...

Você falou do inimigo final do Quake, mas não me lembro dele. Você tem alguma imagem?

Lembro do inimigo do Quake 2, era um tipo de robô, que depois de você "matá-lo", um robô menor, praticamente morto e indefeso, cai de dentro dele.

C. Aquino disse...

A única imagem que eu encontrei do dito cujo é esta: http://img165.imageshack.us/img165/3848/quake023ym9.png

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Blog criado e mantido por C. Aquino

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